Paulo Pessoa de Carvalho mantém-se, como era de calcular, ao leme da praça de toiros do Cartaxo, ainda que a título "provisório" - avança o "Farpas Blogue" em primeiríssima mão, muito embora "oficialmente" a Câmara (proprietária da praça) tivesse feito constar que a decisão só seria conhecida amanhã.
A Câmara Municipal do Cartaxo informou esta tarde o outro concorrente à adjudicação da praça, Paulo Tendeiro (empresa "Gestoiro"), por fax, de que decidira entregar o tauródromo, a título "provisório", ao empresário Paulo Pessoa de Carvalho, com o qual, ao que tudo leva a crer, tinha as coisas previamente acertadas - de outra forma, Pessoa não teria anunciado em Fevereiro passado uma corrida para aquela praça a 1 de Maio, cujos cartazes já estão na rua.
O concurso público para adjudicação da praça realizou-se segunda-feira passada, envolto em segredo, o que indicia que terá sido feito, presumivelmente, com a intenção de não alertar possíveis concorrentes e (re)entregar a praça a Paulo Pessoa. Questionado ontem pelo "Farpas Blogue", Paulo Pessoa não quis tecer comentários sobre este delicado assunto, mas não deixou de frisar que não era por acaso que tinha já uma corrida agendada para Maio. "Não sou doido, as pessoas conhecem-me", disse.
A decisão provisória da Câmara terá a intenção, precisamente, de não prejudicar o andamento da corrida organizada por Paulo Pessoa para o dia 1 de Maio. No fax enviado a Tendeiro, a autarquia acrescenta que esta decisão será ainda discutida em reunião camarária no próximo dia 8 de Abril e só então oficializada - ou não.
Fonte próxima do empresário Paulo Tendeiro (que esta temporada se estreia na praça de Moura, onde apresentará Diego Ventura em Maio e um curro de toiros da ganadaria Miura em Julho) adiantou entretanto ao "Farpas Blogue" que a empresa "Gestoiro" não pretende aceitar esta decisão de ânimo leve e ficar "de braços cruzados". Tendeiro pretende que a autarquia se explique e fundamente as razões que a levaram a preterir uma oferta de 19.500 euros pela concessão da praça, optando pela candidatura que menos dinheiro ofereceu (12 mil).
Corrigindo uma informação dada há pouco, o "Farpas Blogue" informa ainda que no caderno de encargos não existia nenhuma cláusula especificando que a Câmara poderia optar pela proposta mais baixa, em detrimento da maior oferta.
Um caso que, pelos vistos, promete dar "folhetim" nos meios taurinos pelos tempos mais próximos...
Foto Emílio
