A propósito das últimas notícias surgidas sobre a discussão na Assembleia da República da petição anti-taurina no próximo dia 19, a Federação "Prótoiro" emitiu hoje este comunicado, onde apela à tranquilidade:
Tendo em conta as notícias surgidas nos
últimos dias relativas à discussão na Assembleia da República, no próximo dia
19 de Janeiro, de uma petição Anti-Taurina e por força da repercussão que essas
mesmas notícias estão a ter no seio dos aficionados, entende a PRÓTOIRO dever
prestar os seguintes esclarecimentos:
Deu entrada, em Agosto do ano passado, na Comissão de
Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República uma petição que solicita
o fim das corridas de toiros em Portugal.
Esta petição, apoiada pelo CAPT - Campanha Anti-Tourada
Portugal, nunca gerou consenso mesmo dentro dos diferentes grupos e associações
que se opõem à Tauromaquia, tendo sido subscrita por pouco mais de 7.000
pessoas.
Na sequência dos procedimentos legais, foi a PRÓTOIRO
notificada para responder, por escrito, à petição, o que fez em Setembro,
resposta essa que pode ser consultada através do seguinte link: http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063446f764c324679626d56304c334e706447567a4c31684a5355786c5a793944543030764f454e4651304d765247396a6457316c626e52766330466a64476c32615752685a4756446232317063334e68627938354e7a41774d474535597931694d4451784c5451315a474574595755304e43316d5a446334596a6b314e3259785a6a59756347526d&fich=97000a9c-b041-45da-ae44-fd78b957f1f6.pdf&Inline=true
Posteriormente, foram ouvidos os subscritores da petição e a
Prótoiro, cuja audição pode também ser consultada e ouvida através do seguinte link:
http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063446f764c324679626d56304c334e706447567a4c31684a5355786c5a793944543030764f454e4651304d765247396a6457316c626e52766330466a64476c32615752685a4756446232317063334e6862793833596d5179596a52684d6930324d324a6b4c54526c4e5441744f54497a4d5331684e545a6a4d544177596d5a694f4751756347526d&fich=7bd2b4a2-63bd-4e50-9231-a56c100bfb8d.pdf&Inline=true
Finalmente, a Prótoiro convidou alguns Deputados a conhecer a
realidade das corridas de toiros e a vida do toiro bravo no campo, ao que
muitos aderiram.
Esta petição, por ter mais de 4.000 assinaturas tem,
obrigatoriamente, de ser discutida em Plenário. Ou seja, a discussão em
hemiciclo não se prende com a importância ou com a relevância da petição
tratando-se, apenas e tão só, do cumprimento de um formalismo legal.
Com efeito, esta petição foi devidamente acompanhada e
contestada a seu tempo e no seu lugar. Por outro lado, o número de subscritores
desta petição (pouco mais de 7.000) devolve-a à sua real importância.
Ora, considerando o que supra se disse, e atendendo à actual
conjuntura sócio-económica em que Portugal se encontra, entende a Prótoiro que
esta petição não constitui uma ameaça séria nem credível à Tauromaquia em
Portugal.
Nesse sentido, e porque se percebe uma certa sede dos
aficionados em fazer frente aos movimentos anti-taurinos, entende a Prótoiro dever apelar à tranquilidade e à serenidade de todos.
Temos a razão do nosso lado e chegará o dia em que teremos,
realmente, de fazer uma demonstração de força, em que teremos de deixar uma
mensagem clara de que não admitiremos que nos tirem a nossa Cultura, a nossa
Identidade e a Liberdade. No entanto, desenvolvendo a Prótoiro um permanente
acompanhamento de todos os movimentos anti-touradas em Portugal, entende não
ser este o momento.
Em suma, os debates no Plenário são públicos, e nada de mau
poderá advir de ter muitos aficionados em São Bento. Agora, vamos demonstrar a
nossa superioridade, a nossa calma, a nossa tranquilidade. De nada nos servem
alarmismos, não vamos dar mais importância a esta petição do que aquela que ela
realmente tem, e não vamos, sobretudo, dar mais projecção aos proibicionistas
do que aquela que eles merecem.
E fica uma sugestão: façamos antes uma demonstração de força
junto das empresas que se recusam a apoiar a tauromaquia. Essa situação é muito
mais prejudicial à Festa do que esta petição de umas poucas pessoas que se
recusam a respeitar a Cultura, a Identidade e a Liberdade dos demais.