A corrida de domingo na Praia de Mira contou com pouco público nas bancadas e foi precedida por incidentes com grupos manifestantes anti-taurinos |
A Federação Prótoiro tomou ontem
posição, através da emissão deste comunicado que a seguir publicamos na
íntegra, face aos desacatos provocados por anti-taurinos na corrida toiros que
domingo teve lugar numa praça portátil na Praia de Mira (Aveiro). A Prótoiro
considera que as autoridades policiais "não levam a sério" estas
acções provocatórias e, com essa atitude, acabam "por contribuir para os
desacatos" e promete levar a cabo várias acções judiciais contra os grupos
extremistas radicais e contra as televisões que têm deturpado as notícias. Uma
tomada de posição oportuna - e que se aplaude. Eis o comunicado:
Depois da situação noticiada no dia de
ontem (domingo), nas imediações de uma corrida de toiros realizada na Praia de
Mira, vimos comunicar o seguinte.
Os actos de cariz violento e
provocatório realizados durante algumas manifestações na região norte de
Portugal, por um grupúsculo antitaurino extremista, identificado e reincidente,
merecem-nos a maior reprovação, por ultrapassarem o direito de manifestação e a
livre expressão, sendo acções de provocação e violência sobre os direitos dos
cidadãos portugueses.
Este grupo tem reiteradamente estado
envolvido em actos similares no centro e norte do país, coordenado por
cabecilhas identificados, sendo esta uma situação que merece a urgente atenção
policial por atentar contra pessoas e bens, incluindo actos de vandalismo,
injúrias e ofensas aos cidadãos que livremente se deslocam a assistir a um
espectáculo cultural, as corridas de toiros.
As autoridades policiais continuam a não
levar a sério a perigosidade destes grupúsculos, não tomando as devidas medidas
para proteger os cidadãos que se deslocam a estes espectáculos, acabando por
contribuir para os desacatos que sucederam.
Além das devidas denúncias junto das
autoridades policiais, esta Federação irá accionar diversos meios judiciais
contra os organizadores destas acções violentas e responsabilizá-los pelos seus
actos e mentiras veiculadas junto dos meios de comunicação social.
A notícia realizada pela RTP ultrapassou
todos os limites da deontologia, ao nem sequer ouvir algum dos organizadores ou
aficionados envolvidos, fazendo uma reportagem exclusivamente com as
declarações antitaurinas. Esta situação não passará em claro e iremos também
apresentar uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC)
sobre esta situação.
A liberdade e a legalidade têm de ser
respeitadas e defendidas num estado de direito, não havendo espaço para grupos
extremistas baseados na intolerância, no ódio e na violência.
Federação Prótoiro
Foto Ricardo Relvas