segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A temporada em números: os que mais tourearam em 2015

Luis Rouxinol e Marcos Bastinhas empataram na liderança do escalafón
de cavaleiros profissionais, com 44 actuações cada
Forcados Amadores de Cascais lideraram escalafón das pegas com 25 festejos
Parreirita Cigano e Luis Rouxinol Júnior foram os cavaleiros praticantes que
mais actuaram em 2015: 17 actuações cada
Paco Velásquez foi o matador luso que mais toureou em Portugal em 2015,
fê-lo em 6 ocasiões. Quanto aos novilheiros, o ranking foi liderado por Diogo
Peseiro (foto de baixo), igualmente com 6 actuações



Segundo dados estatísticos divulgados pela Federação Protoiro (a que já ontem fizemos aqui referência) e que se baseiam nos números elaborados pelas associações de toureiros (Associação Nacional de Toureiros) e de ganadeiros (Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide), o escalafón (ranking) de actuações de cavaleiros tauromáquicos foi liderado por Luís Rouxinol e Marcos Bastinhas, que empataram com 44 actuações cada, seguidos também por outro empate entre Joaquim Bastinhas e Sónia Matias, ambos com 33 actuações. Seguem-se nos dez primeiros lugares Tito Semedo (26 actuações), Rui Salvador (25), António Telles (24), Ana Batista (21), João Moura Júnior e João Ribeiro Telles (ambos com 20).
Paco Velasquez liderou o escalafón dos matadores de toiros com 6 actuações seguido por Manuel Dias Gomes e Pedrito de Portugal (ambos com 3 actuações), António João Ferreira (2), Vitor Mendes e Sérgio Santos "Parrita" (ambos com apenas uma actuação, tendo o segundo passado entretanto a bandarilheiro).
Os Forcados Amadores de Cascais lideraram a sua categoria com 25 actuações, seguidos pelos Amadores do Ribatejo com 23 actuações, os Amadores de Santarém com 21, os de Évora e os de Montemor (19 cada), os de Vila Franca, Coimbra e Alcochete (17 cada) e os de Arronches e S. Manços (16 cada).
Josué Salvado, com 54 actuações, Diogo Costa com 52 e Ricardo Raimundo com 52, ocuparam os primeiros postos do escalafon dos bandarilheiros.
Quanto aos novilheiros, Diogo Peseiro (da Academia de Toureio do Campo Pequeno) liderou com 6 actuações, seguido de João Augusto Moura e Joaquim Ribeiro "Cuqui" com uma actuação cada.
João Martins liderou o top dos novilheiros praticantes com 11 actuações, seguido por Sérgio Nunes (8), Sérgio Santos (3) e Ruben Correia (2).
"Parreirita Cigano" e Luís Rouxinol Júnior lideram na classe de cavaleiros praticantes, com 17 actuações cada. João Oliveira liderou na categoria de bandarilheiros praticantes com 29 actuações.
Quanto às empresas, o ranking foi liderado pela Toiros das Sesmarias (Fernando dos Santos) com 24 espectáculos organizados, seguida da Aplaudir (João Pedro Bolota) com 21 e a S.R.U.C.P. (Campo Pequeno) com 13. Seguem-se Paulo Pessoa de Carvalho e a Toiros & Tauromaquia (António Manuel Cardoso) com 12 espectáculo cada, a Derechazo (8), Luis Santos e Pedro Pinto (ambos com 6), a J.C. Toiros e a Tauroleve (ambas com 5).
As ganadarias que mais lidaram em Portugal foram a de Passanha, que lidou 66 toiros, seguida das ganadarias Pinto Barreiros com 49, Falé Filipe com 44, Paulo Caetano com 43, Murteira Grave com 42, Santos Silva com 40, Veiga Teixeira com 33, São Torcato com 32, Casa Prudêncio com 30, Vasconcellos e Sousa d'Andrade, David R. Telles e Manuel Assunção Coimbra (29 cada).
Contabilizando também as corridas lidadas fora de Portugal, o ranking ganadeiro é liderado pela ganadaria Passanha, com 89 toiros lidados, seguida das ganadarias Murteira Grave e Pinto Barreiros, cada com 49 reses lidadas.
Os directores de corrida com mais corridas dirigidas foram Agostinho Borges, com 41 espectáculos dirigidos, Marco Gomes com 28, Lourenço Luzio com 24, Rogério Jóia com 23, Manuel Gama com 21, Francisco Calado e João Cantinho com 20 cada, Tiago Tavares com 16, Pedro Reinhardt com 14 e Carlos João Ávila (Açores) com 9.
A tauromaquia contribui de forma muito positiva para o saldo da balança comercial (exportações - importações), já que em 2015 as exportações de toiros de lide (335) superaram significativamente as importações (25). Em 2014 o valor das exportações foi de 207 toiros. Esta variação anual das exportações representa um aumento de 62%, pelo que este valor compara com os melhores resultados de outros sectores de actividade em Portugal no ano de 2015.
Em 2015 ocorreram 10 mudanças de categoria profissional (alternativas) onde se destacam o novo cavaleiro profissional António d'Almeida, o matador Manuel Dias Gomes e os bandarilheiros profissionais João Diogo Duarte e Pedro Vicente.
Como ontem referimos, realizaram-se em 2015 em Portugal 233 espectáculos tauromáquicos, menos 17 que no ano anterior.
Como ontem também aqui referimos, com base nestes dados estatísticos divulgados pela Federação Protoiro, a temporada de 2015 teve um balanço altamente positivos e caracterizou-se por um aumento global de 1.8% de espectadores nas praças de toiros do nosso país (462.000), tal como pelo aumento do número médio de espectadores nas corridas de toiros (2.415).
Comparando o número médio de espectadores por espectáculo noutros sectores culturais, como o teatro, cinema ou ópera, vemos que que aqueles ficam a uma grande distância dos números das corridas de toiros, com uma média de 2.415 espectadores por corrida. O Teatro tem um número médio de 146 espectadores por sessão (dados Pordata 2014), enquanto o Cinema tem um número médio de 20 espectadores por sessão (dados 2014 Instituto do Cinema e Audiovisual) e a Ópera tem um número médio de 336 espectadores por sessão (dados Pordata 2014).

Fotos Emílio de Jesus, Maria Mil-Homens, Fernando Clemente e D.R.