segunda-feira, 30 de abril de 2018

Estremoz rendeu ontem homenagem aos 40 anos de alternativa de João Moura

Miguel Alvarenga recordou ontem em breves palavras a trajectória de glória
de João Moura em 40 anos de alternativa
Visivelmente emocionado, João Moura ouviu as palavras de Miguel Alvarenga
ladeado pelos seus companheiros de cartel, António Telles e Francisco Cortes
Um aspecto da assistência durante a homenagem a João Moura que antecedeu
a corrida de ontem em Estremoz
Gonçalo Lagem, presidente da Câmara de Monforte e Miguel Ortega Cláudio. Atrás,
Mestre José Maldonado Cortes
João Moura descerrou a placa com que a Associação Tauromáquica de Estremoz
assinalou no pátio de quadrilhas da praça de toiros os seus 40 anos de glória


Ao início da corrida de ontem , a Associação Tauromáquica de Estremoz rendeu homenagem aos 40 anos de alternativa do Maestro João Moura, tendo o próprio descerrado no pátio de quadrilhas da praça de toiros a placa comemorativa da histórica efeméride que este ano se assinala e que terá os seus pontos altos no Grande Jantar de Homenagem Nacional a 30 de Maio em Lisboa (Palácio dos Aciprestes em Linda-a-Velha) e a 7 de Junho com a corrida oficial no Campo Pequeno.
Antes do descerramento da placa, Miguel Alvarenga relembrou a trajectória de glória de João Moura em breves palavras que aqui se transcrevem:

Corria o ano de 1976 quando Madrid consagrou o novo menino prodígio do toureio a cavalo. João António Romão de Moura tinha apenas 16 anos e um cavalo único chamado “Ferrolho” que pertencera ao Mestre dos Mestres, João Branco Núncio.
O “bailado de maravilha” que o consagrou na Monumental de las Ventas, apenas e só a mais importante praça de toiros do mundo, deu o mote para o início da revolução mourista - que decretou a partir desse dia como se iria passar a tourear a cavalo.
João Moura inovou, renovou e criou escola. Hoje, quase todos toureiam como ele ensinou.
40 anos depois de tanta História e de tanta glória, o Maestro Moura inicia hoje aqui, naquela que é também uma das mais emblemáticas praças dos seus muitos triunfos, a temporada em que vai comemorar quatro décadas de alternativa - que são também quatro décadas de muitas e grandes lições e de uma imensa glória.
Poucos se terão dado ao luxo - e ao mérito - de se manter 40 anos ininterruptos em actividade, sempre com a mesma raça, sempre com a mesma arte e sempre num patamar tão elevado, onde nunca ninguém ousou chegar alguma vez.
João Moura não é só a maior Figura do toureio equestre mundial dos últimos 40 anos. Ele é, sobretudo, a própria História do Toureio a Cavalo deste último meio século.
Ao chegar hoje aqui, dando início à temporada de comemoração dos seus 40 anos de alternativa, João Moura é a imagem de um Toureiro que nunca estagnou, que sempre evoluiu, inspirado e inovando, trazendo sempre qualquer coisa de espectacular e de novo em cada tarde e em cada actuação.
40 anos depois, não houve ainda revolução alguma que conseguisse acabar com a sua. Ele continua a ser único, continua a “tratar os toiros por tu” e continua a ser o melhor e mais sólido exemplo de que o difícil não é chegar e vencer, é, antes, manter-se quatro décadas no trono, solidificando e consolidando uma História, uma trajectória e uma carreira sem igual.
Dizer-lhe Obrigado é muito pouco para quem em 40 anos de glória nos deu a todos tantas alegrias, tantas tardes de triunfo e tantos momentos de emoção inigualáveis.
Mais que Obrigado, vamos hoje aqui dizer-lhe que o respeitamos, que o homenageamos e que rendemos o tributo que se deve render aos eleitos, aos génios, aos predestinados, aos artistas que souberam marcar a diferença. E ser, eles próprios, diferentes.
Que Deus reparta sorte neste que é o primeiro dia do resto da vida e da carreira de João Moura.

Fotos Maria Mil-Homens



Pouco público e muito frio numa tarde "triste" em Estremoz

Estremoz sem público na tarde de ontem. Valerá a pena dar corridas quando o
tempo ainda não está convidativo?...
João Moura iniciou "à maneira antiga" a temporada dos 40 anos de alternativa.
Toureou como só ele sabe... mas para muito pouco público...
A classe a grandeza do toureio de António Telles esteve bem patente na lide
dos toiros de Pereda e de Passanha ontem em Estremoz
Francisco Cortes andou desembaraçado com o Pereda e depois fez das
tripas coração para levar o barco a bom porto (e levou) na lide do complicado
toiro de Passanha que encerrou a corrida


Miguel Alvarenga - Dia cinzento com chuva por todo o país motivou, apesar do bom cartel e da homenagem aos 40 anos de alternativa do Maestro João Moura (foto), muito pouco público e a consequente falta de ambiente na corrida que ontem teve lugar em Estremoz e que marcou a estreia do empresário Vasco Durão na gestão desta praça.
Viram-se, mesmo assim, grandes momentos de bom toureio por parte de João Moura e também de António Ribeiro Telles, mas a ausência de moldura humana nas bancadas acabou por retirar brilhantismo a uma corrida que resultou sonsa e despida de fulgor. Francisco Cortes, o cavaleiro da terra, andou empenhado e pôs emoção nas suas lides, sem contudo alcançar o triunfo desejado, não dando sequer volta à arena nos seus dois toiros.
Moura esteve superior e "à antiga" na lide do primeiro Passanha e voltou a dar um ar da sua graça no segundo toiro do seu lote, de Pereda. António Telles deu o seu melhor na lide, também, de um toiro de cada ganadaria.
Apesar do bom empenho dos toureiros frente a toiros de Passanha e de José Luis Pereda, de boa nota, exceptuando o último de Passanha, a corrida passou sem grande história, muito frio e foi apernas e só mais uma...
A forcadagem esteve à altura, sem também grande brilho, mas com a usual valentia e valor. Bernardo Dentinho, Miguel Cecílio (ambos à segunda) e António Calça e Pina (à primeira) pegaram dois Passanhas e um Pereda destinados ao Grupo de Montemor; e Miguel Fernandes (à terceira), Leonardo Mathias (à segunda) e o cabo José Maria Bettencout (à sexta. a emendar João Ventura, que se aleijou após três tentativas) foram à cara dos dois Passanhas e um Pereda que calharam ao Aposento da Moita, tendo dois forcados sofrido lesões no ombro.
Corridas como esta, em dia chuvoso e de frio, sem qualquer ambiente, com pouco público, resultam mornas por mais que os artistas se esforcem. A Festa precisa de sol e moscas, precisa de calor humano. Uma tarde assim acaba por seu um imenso frete e uma enorme tristeza, melancólica mesmo e quase diria depressiva para os artistas e para o público... Lamente-se ainda o péssimo estado da arena... mais parecia o areal de uma praia...
E começa a ser tempo de os senhores empresários repensarem tudo. Já se percebeu que o tempo mudou, que o Verão (que é o mesmo que dizer, o tempo propício para a realização de touradas) agora começa só lá para Julho e se estende até ao final de Outubro. É, talvez, penso eu, tempo de começar a realizar as corridas mais tarde e deixar de vez as chamadas tradições - que a mudança do tempo obrigatoriamente vai motivar a alterar. Pensem nisso.
Fomos e viemos de Estremoz para passar frio... Valeu um agradável almoço em casa da simpática Família Cortes e umas belas bifanas, ao cair da noite, em Vendas Novas. O resto, viu-se...
Marco Gomes dirigiu a corrida com o acerto usual e sem nada a apontar.

Mais logo, não perca, as pegas uma a uma pela objectiva de Maria João Mil-Homens e também a corrida vista pela maestria de Emílio de Jesus.

Foto Maria Mil-Homens


Novilheiro García Navarrete sofre cornada em Madrid



O novilheiro espanhol García Navarrete foi ontem aparatosamente colhido na Monumental de Madrid quando entrava a matar o terceiro novilho-toiro da tarde, da ganadaria Los Chospes.
O jovem toureiro brindara a morte do novilho ao médico cirurugião de Las Ventas, Dr. García Padrós, que precisamente há um ano lhe tinha salvo a vida nesta mesma praça onde agora voltou a cair ferido.
García Navarrete sofreu uma cornada na coxa direita com uma trajectória de 15 centímetros que produziu destroços musculares. Foi operado na enfermaria da Monumental e transferido para o Hospital San Francisco de Asís, sendo o ferimento de prognóstico menos grave.

Fotos Javier Arroyo/aplausos.es


México: Diego San Román arrasa no ciclo de novilhadas em Tlaquepaque


O novilheiro mexicano Diego San Román arrasou no ciclo de novilhadas na praça "El Centenário" de Tlaquepaque (México), ao sair em ombros três vezes e cortar sete orelhas, que o converteram no grande triunfador deste certame.
Diego San Román, que se estreou em Portugal na Monumental de Albufeira há dois anos, é filho do antigo matador Óscar San Román, que nos anos 80 viveu no nosso país, actuando por diversas vezes entre nós, nomeadamente no Campo Pequeno.

Foto Prensa Casa Toreros/Agência Taurina/Farpas


Agildo Ribeiro morreu aos 86 anos


O popular actor e comediante brasileiro Agildo Ribeiro morreu no Rio de Janeiro, vítima de cancro, poucos dias depois de comemorar (dia 26) 86 anos de idade.
Agildo Ribeiro tinha uma ligação enorme a Portugal, onde representou várias peças nos últimos anos e onde chegou a assistir, no Campo Pequeno, a várias corridas de toiros, fruto da sua longa amizade com o toureiro luso-brasileiro Fernando Guarany (ambos na foto).
Que em paz descanse.

Foto D.R.


Francisco Núncio operado à anca


O cavaleiro Francisco Núncio foi na sexta-feira operado à anca no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, na sequência do grave acidente de moto-4 que sofreu há duas semanas na sua herdade em Alcáçovas e deverá nos próximos dias ser novamente transferido para o Hospital de Évora, onde prosseguirá a sua recuperação.
Francisco Núncio foi operado inicialmente nesta unidade hospitalar alentejana pelo Dr. António Peças, tendo-se sido retirado o baço, sendo posteriormente transferido de helicóptero para Lisboa.
A operação à anca correu bem e o cavaleiro tem agora pela frente um longo período de reabilitação que vai passar por sessões intensas de fisioterapia.

Foto Emílio de Jesus



Ernesto Manuel abandona Escola de Toureio da Azambuja


O antigo bandarilheiro Ernesto Manuel (foto) abandonou no último sábado o cargo de professor da Escola de Toureio da Azambuja, que desempenhava há já alguns anos.
Segundo o próprio, fê-lo em rota de colisão com a Associação Poisada do Campino, promotora da escola, cujo principal e mais destacado aluno era o novilheiro Rui Jardim, que entretanto se passou para a Academia de Toureio do Campo Pequeno.

Foto Emílio de Jesus



Famosos no sábado na novilhada do Campo Pequeno

Triunfo ganadeiro de Paulo Caetano no Campo Pequeno. Deu volta à arena com
o novilheiro Luis Silva, deixando antever uma grande noite a 5 de Julho, onde os
toiros da sua triunfadora ganadaria serão lidados em Lisboa por Morante de la
Puebla e José Maria Manzanares
Hugo Calado (Rádio Campanário e site toureio.pt) entrevistando Rui Bento
Soraia Costa, a nova estrela do toureio a cavalo
Soraia Costa brindou a sua lide a Rui Bento
João D'Alva, o valoroso novilheiro da Escola "José Falcão" de Vila Franca
Sérgio Nunes, aluno da Escola de Toureio de Madrid
Rui Jardim, aluno da Academia de Toureio do Campo Pequeno
Luis Silva, da Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita
O bandarilheiro Joaquim de Oliveira
João Costa, o aficionadíssimo proprietário do emblemático restaurante
"O Bacalhau" em Montemor-o-Novo
Margarida da Câmara Pereira Gama e Lourenço Vinhas
Luis Sarmento
Os ilustres ganadeiros Dª Margarida e Francisco Romão Tenório com o sobrinho
Juventude aficionada apoiante dos forcados
O bandarilheiro açoreano João Pedro Silva e sua namorada
O ilustre ganadeiro Engº Jorge de Carvalho
A direcção da novilhada esteve presidida por Manuel Gama
O novilheiro Diogo Peseiro
Miguel Alvarenga: atento...
Pedro Maria Gomes, cabo do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa
José Jorge Pereira, Marco Gomes, Ana Meira e Luisa Canas Pereira
Ricardo Cravidão e João Maria Branco
João Branco
Os três cavaleiros: António Prates, Soraia Costa e Ricardo Cravidão
Team Prates: António Prates, Bernardo Prates, Carlos Ferreira e António José
Cardoso "Nené II"
Simão Comenda e sua Mulher

Fotos Mónica Mendes