quinta-feira, 30 de abril de 2020
Há 37 anos no Montijo: cartel monstro luso-espanhol
O cartaz foi hoje relembrado no Facebook por Mário Pereira, antiga glória do grupo de forcados Amadores do Montijo.
Faz hoje 37 anos que a Monumentel do Montijo, ao tempo gerida pelo saudoso empresário alentejano José Jacinto Branco (de São Manços), foi palco desta grande corrida luso-espanhola em que actuaram os cavaleiros lusos D. José João Zoio e João Palha Ribeiro Telles e os máximos rejoneadores espanhóis Álvaro Domecq e Manuel Vidrié.
Uma corrida inesquecível - 30 de Abril de 1983 - em que se lidaram toiros da ganadaria de Herdeiros de Cunhal Patrício e em que as pegas estiveram a cargo dos grupos de forcados Amadores de Lisboa e Amadores do Montijo.
Recordar é viver.
Foto D.R./Mário Pereira/Facebook
Sociedade Camacho Nunes fecha protocolo com multinacional e abre novo escritório na Cidade Invicta
Última Hora - Após dois dias de intensas negociações, a sociedade Camacho Nunes Recuperação de Crédito assinou esta tarde um importante protocolo com uma empresa multinacional da área da geotecnia e obras públicas, passando a ser responsável por todo o sector de contencioso da firma.
Isso vai obrigar, diz-nos o dinâmico António Nunes (foto ao lado), administrador da Camacho Nunes Recuperação de Crédito e também da prestigiada Sociedade de Advogados que defende há vários anos o "Farpas" e também outras instituições e peesonalidades do mundo tauromáquico, a abrir mais um mega escritório na cidade do Porto, bem como a recrutar novos causídicos para a sociedade.
António Nunes tem neste momento escritórios das suas duas sociedades no Montijo, em Coimbra, em Vila Verde (Braga) e em Huelva (Espanha) e uma delegação nos Estados Unidos da América e vai em breve inaugurar um novo e luxuoso espaço no coração de Lisboa, mesmo junto ao Marquês de Pombal.
Em tempo de crise e enquanto muitas empresas fecham as suas portas, a Camacho Nunes expande-se - por obra e graça do dinamismo do seu administrador, o empresário António Nunes, que nos disse:
"Nos dias que correm, de uma crise que ninguém adivinha quando terminará e que resultados dramáticos vai ter, é preciso ter muita coragem e muita competência para marcar e mostrar a diferença e isso, graças a Deus, temos conseguido fazer".
Só na semana passada e como aqui referimos oportunamente, a Camacho Nunes Recuperação de Crédito atingiu o recorde de uma carteira de 5 mil clientes.
Exemplar.
Fotos D.R. e Emílio de Jesus/Arquivo
Ferreira Paulo polémico: "Estão a fazer tudo nas costas dos empresários, sem nos darem cavaco..."
Polémico e frontal, como sempre, o empresário José Manuel Ferreira Paulo acusa a APET e outras associações do sector tauromáquico de estarem "a fazer planos e a traçar estratégias sem dar cavaco aos empresários"
Sem papas na língua, como é seu timbre, o empresário José Manuel Ferreira Paulo (Cachapim) disse hoje ao "Farpas" que a Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET) e outras associações do sector "estão a fazer planos para que se realizem corridas em praças de zonas onde houve poucos casos de Covid-19, nomeadamente no Alentejo" e "estão também a projectar realizar touradas à porta fechada", mas "eu soube disso por terceiros, a APET, a mim e a outros empresários com quem falei, ainda não disse nada", acusando o presidente da associação, Paulo Pessoa de Carvalho, de "nunca ter tempo e nunca estar disponível para falar connosco".
No que diz respeito ao projecto de se realizarem corridas à porta fechada, Ferreira Paulo diz "não ser contra":
"Os lucros obtidos por algum apoio publicitário que consigam granjear e pelo pagamento do público a um canal fechado para poder 'assistir' à tourada, não serão minimamente significativos e muito menos viáveis, mas se os ganadeiros e os toureiros embarcarem nisso, o problema é deles e não meu".
Já quanto à hipótese de, numa primeira fase, se realizarem espectáculos tauromáquicos em praças de zonas menos afectadas pelo coronavírus, diz-nos o empresário:
"Até serei beneficiado com isso, porque sou co-proprietário da praça alentejana de Beja, mas acho que a APET e as outras associações do sector deveriam falar connosco, empresários, e não fazer as coisas, como fazem sempre, às escondidas de todos. O que dirão, por exemplo, os empresários de outras praças, como, por exemplo, as das Caldas, da Nazaré, de Tomar ou outras? Certamente que se sentirão mal ao constatarem que a sua própria associação os está a manter à margem".
E acrescenta, a terminar:
"Cada vez que há uma reunião da PróToiro, a maior preocupação é que não saia dali nenhuma informação para a imprensa, é tudo 'à porta fechada', no maior secretismo, como se isto fosse a Maçonaria... E agora andam a tratar de coisas nas nossas costas, sem nos ouvir e sem nos dizerem nada. Eu soube disso das praças alentejanas e das touradas à porta fechada por terceiros, ainda ninguém da APET me contactou ou disse alguma coisa. Esses senhores têm que fazer as coisas com mais clareza e com mais transparêcia. Eu e outros empresários, posso dizer nomes, mas não o vou fazer por enquanto, estamos descontentes com toda esta situação. Esta PróToiro é cada vez mais misteriosa... e não deveria sê-lo. Pergunto, por exemplo: onde estão as contas do festival do Dia da Tauromaquia? Era a favor da PróToiro, acho muito bem. Mas quando se faz um festival de beneficência, há pelo menos a obrigação de no final se apresentarem as contas. Onde estão elas?".
Foto Emílio de Jesus/Arquivo
Querem fazer touradas à porta fechada, sem público...
Associações do mundo tauromáquico admitem a hipótese de vir a realizar corridas de toiros... à porta fechada |
António Costa anunciará na próxima semana a data prevista para o regresso dos grandes espectáculos de massas |
O primeiro-ministro anunciou hoje que anunciará na próxima semana a data prevista para o regresso dos espectáculos de massas. Entretanto, no meio taurino há quem se esteja a mexer para até lá organizar touradas à porta fechada e isso já está a dividir a classe empresarial e não só...
Ao anunciar hoje as medidas gerais do processo gradual de desconfinamento, António Costa anunciou também que durante a próxima semana dará a primeira luz verde sobre as previsões de quando vão voltar a realizar-se espectáculos de massas - que se prevê seja a partir do dia 1 de Setembro, se entretanto todo este processo de "abertura" não der mau resultado e tudo voltar à estaca zero.
Sem nunca referir, como é hábito, o sector tauromáquico, o primeiro-ministro evidenciou algum optimismo quanto ao regresso dos grandes espectáculos - mas nunca antes do mês de Setembro, o que inviabiliza, à partida, a realização de algumas das principais feiras taurinas de Agosto, casos das de Alcochete e de Abiul e da Arruda dos Vinhos, entre outras.
Até lá, as touradas podem regressar - e há quem esteja já a trabalhar nesse sentido - mas em formato completamente inédito: à porta fechada, como os jogos de futebol, isto é, sem um único espectador na bancada.
Já há mesmo toureiros e ganadeiros que foram contactados nesse sentido e, ao que apurámos, o processo pode mesmo avançar. Em termos, também, muito diferentes dos moldes normais. As únicas receitas previsíveis - muito inferiores às de um espectáculo vulgar - viriam do público que, para ver essas corridas, teria que subscrever um canal fechado. Um insignificância que não chega "nem para o tabaco". Isto é: ganadeiros e toureiros disponibilizar-se-iam mais para "matar o bicho" do que propriamente para se sentirem recompensados. Mesmo que se conseguissem alguns apoios publicitários de empresas que poderiam apoiar estas realizações, os lucros finais ficarão sempre muito, mas muito aquém dos resultados financeiros normais de um espectáculo tauromáquico.
Em Espanha, houve quem alvitrasse também essa possibilidade, mas o matador de toiros Morante de la Puebla terá travado alguns ímpetos quando afirmou que "fazer corridas de toiros sem público é um verdadeiro sacrilégio".
Algumas associações representativas de sectores da vida tauromáquica estão também neste momento, ao que apurámos, a alvitrar a possibilidade de, numa primeira fase e após a abertura ao regresso dos espectáculos de massas, se realizarem corridas em praças de zonas onde se sentiu menos a crise do Covid-19, nomeadamente no Alentejo, o que está a dividir a classe empresarial. Há empresários que nos dizem "não ter sido vistos nem achados" pela associação que os representa, a APET (Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos) e que gerem praças de outras zonas do país que não terão sido sequer referidas nesse "estudo" que está a ser feito.
Esperemos então pelo que o primeiro-ministro vai anunciar na próxima semana, para saber a data certa em que se prevê o regresso dos espectáculos de massas. Em Espanha, já foi anunciado que, a realizarem-se, as primeiras corridas terão lotações limitadas e os espectadores têm que estar espaçados nove metros quadrados uns dos outros - o que significa que em alguns tauródromos não poderão estar mais de 400 pessoas, um número irrisório e inviável, dizem os empresários espanhóis, para poder fazer face aos custos de um espectáculo.
Fotos D.R. e Emílio de Jesus/Arquivo
Município de Azambuja assinala Mês da Cultura Tauromáquica no Facebook e lança desafio à população
Devido às circunstâncias em que vivemos, provocadas pelo novo coronavírus, o Município de Azambuja adoptou uma nova estratégia, recorrendo às redes sociais, para assinalar durante o mês de Maio, o tradicional Mês da Cultura Tauromáquica, que terá início amanhã, dia 1 de Maio e terminará na quarta-feira, dia 27, data que antecede à realização da Feira de Maio em Azambuja.
Para assinalar o mês de Maio e o significado cultural que tem para o concelho, o município lança o desafio à comunidade, intitulado de #MaioàJanela. O desafio consiste em decorar as janelas, varandas e montras com vários adereços, de forma a engalanar a vila e manter a tradição que se assinala anualmente no mês de Maio.
Todos os participantes, apela o município, deverão publicar uma fotografia no seu perfil de Facebook ou enviar para o Facebook da Feira de Maio de Azambuja e utilizar a hashtag #MaioàJanela. Todas as participações serão partilhadas na página de Facebook da Feira de Maio de Azambuja.
Será um mês dedicado à cultura tauromáquica, com um conjunto de publicações diárias, dedicadas a todas as áreas da tauromaquia nacional e das tradições culturais que estão na génese dos azambujenses.
Poderá acompanhar o Mês da Cultura Tauromáquica em Azambuja, no Facebook Feira de Maio de Azambuja.
Viagem ao concelho de Odivelas, antes que seja tarde!
A máscara do Tintin... nunca mais a tirei! |
Esta manhã, a primeira vez que o Santiago se sentou na Yellow Vespa |
Entrada para a A8 na Rotunda do Senhor Roubado, em Odivelas |
Ruas de Odivelas também desertas esta manhã |
Rotunda do Senhor Roubado, Odivelas |
Campo Grande, hoje de manhã |
Viaduto da 2ª Circular sobre o Campo Grande |
Alameda das Linhas de Torres e, à esquerda, o Hospital Pulido Valente |
Alameda das Linhas de Torres |
Lumiar, fim da Alameda das Linhas de Torres |
Carriche, a velha Calçada, por onde vinham dantes os toiros |
Bairro de Telheiras |
Estação do Campo Grande |
Estátua de Entrecampos. Um amigo meu costumava dizer que andavam todos "ao estalo" por causa de uma galinha... |
Avenida dos Estados Unidos da América |
Avenida de Roma |
Palácio das Galveias, esta manhã |
Aqui pela "nossa casa" está tudo calmo e tranquilo e há mais pombos no jardim do que propriamente pessoas... |
O Estado de Emergência termina este sábado, apesar de a partir da meia-noite de hoje e até domingo não se poder circular entre concelhos. A partir de segunda-feira o pessoal vai começar "a abrir". E pode ser um caos. Peritos do Instituto Ricardo Jorge já vieram dizer que ainda é cedo demais para levantar as restrições. Pelo sim, pelo não, fui já hoje até ao concelho de Odivelas
Miguel Alvarenga - A partir da meia-noite de hoje e até à meia-noite de domingo, não se pode circular entre concelhos sem uma justificação plausível. Eu até posso, porque sou jornalista, mas pelo sim, pelo não, fui já hoje de manhã até ao concelho de Odivelas fazer uma visitinha rápida à minha filha Maria Ana e ao meu neto Santiago. Que estava com a Mãe na rua e ficou espantadíssimo ao ver o Avô chegar de Vespa. Depois, sentou-se pela primeira vez na Yellow Vespa - mas não adorou a experiência. Fica pelo menos a foto que marca o primeiro dia do Santiago vespista...
Há mais carros nas ruas - e mais gente - do que nos primeiros dias da "prisão domiciliária", muitos já "arrancaram as pulseiras electrónicas", que se lixe, há-de ser o que Deus quiser. Mesmo assim, as ruas ainda estão muito desertas.
Campo Grande, Alameda das Linhas de Torres, Lumiar, Calçada da Carriche, entrada em Odivelas, tudo ainda muito sem vida e, sobretudo, sem o movimento tradicional de outros tempos. As fotos falam por si. E aqui a "nossa casa" (Campo Pequeno), como podem ver, continua na mesma. Como a lesma. Mais pombos no jardim do que pessoas...
No sábado, 2 de Maio, termina o Estado de Emergência e de segunda-feira para a frente o pessoal já vai começar "a abrir". É cedo demais para o levantamento das restrições, diz quem sabe - dizem os peritos do Institudo Ricard Jorge, que não concordam com esta abertura por considerarem que ainda não há margem para compensar um aumento do contágio.
Vamos ver no que isto vai dar. Oxalá não volte tudo atrás. Pode ser o caos.
O pequeno comércio, os cabeleireiros, as livrarias (tudo ainda com restrições) podem começar a abrir gradualmente a partir de segunda-feira, 4 de Maio. A 18, numa segunda fase, podem abrir espaços até 400 m2, restaurantes, museus, esplanadas, creches, escolas, etc., mas tudo ainda com grandes restrições. A partir de 1 de Junho podem abrir espaços com mais de 400 m2, lojas, centros comerciais, cinemas e teatros com lotações restringidas, desportos colectivos e provas desportivas (presume-se que a referência seja ao furebol) em recintos abertos, mas sem público.
De touradas ninguém diz nada. Diz-se que algumas associações da classe se estão a mexer para deitar mãos à organização de touradas em determinadas praças mas à porta fechada, ou seja, sem público, que seria transmitidas em directo por canais fechados na internet e os espectadores pagariam para ver. Em Espanha, Morante de la Puebla já se insurgiu contra semelhante ideia, defendendo que "corridas sem público é um sacrilégio".
Por cá, há quem pense em fazê-las e diz-se que também que há quem defenda que em algumas praças, sobretudo nas do Alentejo, onde se registaram até hoje poucos casos de Covid-19, se poderiam começar a dar corridas. E há alguns empresários descontentes. Porque ouviram dizer isso, mas ninguém de direito falou com eles. Andam a ter ideias "às escondidas". Cheira-me a quem aí nova broncazita... talvez mesmo ainda hoje.
Quanto ao Campo Pequeno, cuja data limite para a entrega de propostas ao concurso vai ser o próximo dia 7 de Maio (tinham dito que ficava tudo adiado para cinco dias úteis depois de terminar o Estado de Emergência e esse dia é o dia 7), nada foi ainda alvitrado e Álvaro Covões também tem estado em silêncio.
Dizem que vai manter o concurso e mesmo que não se possam dar corridas este ano, pelo menos não se adiaria mais a questão e ficava já eleito um empresário (o vencedor) para as organizar em 2021. Mas, dizem alguns empresários, é agora preciso remodelar o caderno de encargos. Ou mantê-lo tal como está, tendo em conta que nada se passará este ano, mas só no próximo. Altura em que o actual caderno, agora com valores desajustados face ao momento de crise que vivemos, voltará a estar actual e num contexto diferente do que existe hoje. Enfim, aguardemos.
Fiquem bem.
Fotos M. Alvarenga