Miguel Alvarenga - No primeiro dia do confinamento geral que se vai prolongar pelo menos por um mês, Lisboa está "tão fechada em casa" como estava há uma semana ou há um mês...
Dir-se-ia que era um dia de domingo, com menos trânsito e menos pessoas na rua, mas o movimento que hoje se vê não tem nada a ver com o daquela cidade triste e deserta dos meses de Março e Abril. A única diferença é mesmo o facto de os cafés, os restaurantes e a maioria das lojas estarem encerrados. De resto, há muita loja aberta. As de ferragens, por exemplo, como ontem se fartou de apregoar o primeiro-ministro naquela entrevista à TVI em que, para variar, falou muito e disse quase nada...
Depois do estado a que isto chegou, muito por culpa das "aberturas" que foram dadas nos últimos meses, especialmente no Verão e mais recentemente no Natal, ou se fechava tudo à séria ou não havia outra solução. Assim, com este semi-confinamento, com as escolinhas a funcionar, os transportes públicos a abarrotar... e as pessoas nas ruas a caminho das lojas de ferragens, custa-me a acreditar que se baixem os surtos galopantes da pandemia muito depressa. Há-de ser Maio e ainda continuamos confinados, com centenas de mortos e milhares de infectados por dia, vai uma apostinha?...
Deixo-vos algumas fotos da volta que dei esta manhã - pelas Avenidas dos Estados Unidos da América, de Roma e da República (Campo Pequeno). Uma Lisboa de domingo, mas não uma Lisboa confinada, com deveria ser e se impunha, como esteve em Março e em Abril. Enfim...
Fotos M. Alvarenga