terça-feira, 19 de março de 2019

Irmãos Ribeiro Telles e Forcados Lusitanos actuaram há 32 anos em Madrid

Francisco Costa comandava os Amadores Lusitanos quando há 32 anos
o grupo pegou pela última vez na Monumental de Madrid
Os Forcados Lusitanos junto à estátua de António Bienvenida em Las Ventas
João e António Ribeiro Telles (que nessa tarde debutava em Las Ventas)
actuaram há 32 anos na Monumental de Madrid

Os irmãos João e António Ribeiro Telles actuaram há 32 anos na Monumental de Madrid e essa foi a última vez que os Forcados Lusitanos pegaram em Las Ventas. Recordamos a efeméride

Dia do Pai, 19 de Março de 1987, passam hoje 32 anos.
"Enorme corrida hispano-lusa del arte del rejoneo", assim se anunciava nos cartazes (ao lado) o espectáculo que nessa tarde tinha lugar na Monumental de las Ventas, em Madrid, a praça mais importante do mundo.
Uma corrida - e um cartaz - recheada de interessantes pormenores. António Ribeiro Telles fazia a sua estreia em Madrid, acompanhado por seu irmão João, que já tinha saído em ombros dessa praça. Debutava também em Las Ventas o saudoso rejoneador Ginés Cartagena e o cabeça de cartaz era Curro Bedoya. O sobressalente era o então novilheiro Paco Duarte. Pegavam pela última vez em Madrid os Forcados Amadores Lusitanos, sob o comando de Francisco Costa. E lidava-se um (duríssimo) curro de toiros da ganadaria portuguesa de José Infante da Câmara.
Foi uma tarde dura e difícil para os portugueses. Apesar de terem encantado a aficion madrilena com a arte e a classe do seu toureio, três cavalos dos Ribeiro Telles sofreram cornadas (nenhuma de grande gravidade, felizmente). E o forcado tomarense José Brito sofreu uma grave cornada e uma lesão no pâncreas, sendo operado na enfermaria de Las Ventas e transportado depois para o Hospital de San Bernardo, na capital espanhola, onde esteve internado durante uma semana.
"Foi uma corrida dura, mas onde os portugueses, tanto os cavaleiros como os forcados, deixaram bem vincada a nossa arte e a nossa tauromaquia", recorda Francisco Costa trinta e dois anos depois.

Fotos D.R., M. Alvarenga e Emílio de Jesus