quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Vamos em frente, cantando e rindo!
Caríssimo Carlos Cunha,
Para lhe dizer a verdade, não sei se fiz bem, se fiz mal, nas duas últimas semanas, "intrometendo-me" no seu trabalhinho, mais concretamente, no seu blogue anti-"Farpas", ora inserindo comentários num espaço que afinal é seu, ora procurando aqui parodiar toda esta história, certamente sem a graça e sem o humor que você utiliza. O humorista e o actor cómico é você - e não eu.
E como, sinceramente, não sei se fiz bem, se fiz mal (às vezes, as pessoas têm dúvidas e eu tenho muitas vezes), decidi parar de uma vez por todas.
Procurei, dentro do espírito que também você diz defender, não ser ofensivo e muito menos atingi-lo na sua honra e dignidade pessoal. Ao contrário dos comentaristas do seu blogue (agora mais filtrados, diga-se em abono da verdade).
Considero que você tem o direito de não gostar do meu estilo de jornalismo. E que tem o direito de criticar. Afinal, vivemos há mais de trinta anos numa coisa a que chamam "democracia".
Decidi parar de uma vez por todas, dizia eu. Claro que não o "Farpas", claro que não o blogui. Goste ou não goste, vou dar-lhe mais uns anitos de oportunidade para alimentar o seu blogue. Mas acaba aqui a minha "troca de mimos" com a malta da "lengalenga".
Primeiro, não tenho tempo. Segundo, não tenho pachorra. Terceiro, você já sabe, os cães ladram e a caravana passa.
Agradeço-lhe uma vez mais a enorme promoção que está a dar ao meu jornal - e a mim. Mal dos que ficam esquecidos, dos que não foram polémicos, dos que morrem e ninguém se lembra mais que existiram. Lamento, como muitos, que não utilize o seu talento em prol da Festa. Sinceramente, lamento que canalize todas as suas energias contra o "Farpas" e contra mim. Lamento por si. Não por mim. Por mim, fico grato.
Desejo, sem hipocrisia - sempre disse na cara das pessoas o que tinha a dizer - que seja feliz cada vez que se sentar ao computador e escrever os seus textos de promoção ao meu jornal (positiva ou negativa, será sempre promoção, o que importa é que falem, como dizia o outro, que falem bem ou que falem mal, mas que falem).
Desejo felicidades para o seu blogue e mais ainda para todos os que se divertem a lê-lo. Eu fui um deles, mas agora vou mesmo parar. Não tenho tempo, Carlos, para alimentar polémicas sem nexo.
Continue a fazer o seu blogue, que eu continuo a fazer o meu, mais o meu jornal. Bem ou mal, ele vai continuar. E, como tenho escrito, mesmo que páre um ou dois meses (penso que não vai ser preciso, se bem que necessite de algum tempo livre para terminar o meu livro, tenho prazos de entrega de originais e não gosto de não cumprir), seria para renascer remodelado - nunca para acabar.
Abraço,
Miguel Alvarenga
Foto D.R.