Miguel Alvarenga - Os toiros de Falé Filipe sairam triunfadores da corrida no Coliseu do Redondo. Não eram nenhuns "bisontes" assustadores e se a tarde foi dura (íssima!) e complicada no que às pegas diz respeito, isso não foi culpa deles. Deveu-se única e exclusivamente à inexperiência evidenciada pelo Grupo de Forcados Amadores do Redondo.
As fotos falam por si - e nem precisam de mais comentários. Aplaudo, aplaudi sempre, a valentia dos forcados - verdadeiros e últimos românticos da Festa. Mas não entendo a razão de ser da existência de alguns grupos - nem percebo a apatia com que a Associação Nacional de Grupos de Forcados, tão perspicaz a intervir em situações que não interessam nada, silencia depois casos como este.
O Grupo do Redondo tem bons elementos. Que melhor seria irem reforçar outros grupos e destacar-se noutros agrupamentos, em lugar de insistir, sem justificação plausível, na continuidade de um grupo que se viu não ter pernas para andar.
À excepção da terceira e última pega da corrida, feita com imenso valor por Carlos Silva, as outras duas, consumadas a sesgo, em sorte de "agarrar" (que não é o mesmo que pegar), após várias tentativas falhadas e uma paciência enorme por parte do director Agostinho Borges, foram um verdadeiro caos e a negação total do que deve ser a nobre arte de pegar toiros. Lamentável a todos os títulos.
Fotos M. Alvarenga