Passará o ano de "Capital Europeia da Cultura" sem corrida de toiros em Guimarães? Uma vez mais, irreverente e frontal, Maurício Vale põe hoje o dedo na ferida na sua coluna semanal do "Correio da Manhã" que, com a devida vénia e a autorização do autor, aqui transcrevemos na íntegra:
Canavilhas leal
e cultura de Guimarães
Notável a recente intervenção da
deputada Gabriela Canavilhas na Assembleia da República, em defesa da
Tauromaquia em Portugal. Rigorosa e objectiva, sensível e ética, leal para com
o universo taurino, enquanto tradição e expoente cultural nacional. Sem complexos.
Uma lição!
A propósito de lealdade, recordo a
cultura tauromáquica de Guimarães! Em 1947, já era tradição antiga a corrida de
touros. Foi então decidido construir uma praça em madeira, num exemplo
fantástico da vontade, pertinácia, alma lutadora e dedicação dos vimaranenses.
Três dias antes da inauguração, um incêndio destruiu parte da praça. Mas o povo
uniu-se para ajudar, noite e dia, à reconstrução. E a praça foi mesmo
inaugurada na data prevista! Um exemplo que a História da Tauromaquia não pode
esquecer e que serve a muita gente cá do burgo.
A Capital Europeia da Cultura deve
orgulhar-se da sua tradicional cultura taurina, um dos pontos altos das Festas
Gualterianas.
Foto "CM"