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| "Miguel, eu te conto..." - segredos de Manzanares. Mais alguém viveu um momento assim? Ao lado, o entretanto falecido matador de toiros Paco Pallarés |
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| A foto que ma autografou num dos momentos em que se "confessou"... sei história de Manzanares que mais ninguém sabe... ainda hoje penso que foi um sonho!... |
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| Momento único! |
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| Manzanares autografando-me a foto da "tarde de copos" em casa de Júio Robles, poucos anos depois, em Monforte, na presença de meu Pai |
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| O meu Pai e Jacinto Alcón testemunharam em casa de Paulo e Dita Caetano o reencontro entre os dois protagonistas da valente "bebedeira" poucos anos antes em Salamanca... |
Miguel Alvarenga - Já cá ando há uns "500 anos" e espero andar por mais 500. Não vou morrer tão cedo - acreditem! - mas se morresse (mera hipótese no campo das mais remotas hipóteses...) garanto que já vivi experiências únicas e irrepetíveis. Esta foi uma delas (e o Rui Bento, bem como o Maestro Amadeu dos Anjos e o meu companheiro de crítica Domingos Xavier lembram-se bem dela..) e aconteceu, como aqui atrasado recordei, em casa do Maestro Júlio Robles (foto ao lado), em Salamanca, num dia em que ali fui assistir a um festival taurino que ficou cancelado pela chuva e que foi "substituído" por esta tarde única.
Entre os toureiros que iam actuar nesse festival, estavam Rui Bento e, apenas e somente, o Maestro José Maria Manzanares (pai), matador histórico, pai do "figurão" de hoje, que tem o mesmo nome.
Por quê, não sei, mas a verdade é que Manzanares, no pequeno grupo que ali estava - e de que fazia parte o falecido matador Paco Pallarés - "engraçou" comigo.
Feitas as contas - e que a fotos bem documentam - mais cerveja para aqui, mais uísque para ali, acabei por ser protagonista de um caso único: poucos ou mesmo nenhuns se podem dar ao luxo de ter apanhado, na vida, uma valente "bebedeira" com um toureiro tão famoso como este. Eu apanhei (e ele também!) e guardo o momento (que foi capa do "Farpas" nos princípios do jornal, há mais de quinze anos) como um dos mais incríveis que vivi neste atribulado mundo... dos bois! Às tantas, já nem sabia se era verdade, se estava a sonhar. Eu, ali, num sofá, com o Maestro Manzanares a confidenciar-me segredos da sua vida, a "cair" em cima de mim? Pode lá ser possível... mas foi!
Poucos anos depois, quando seu filho veio tourear um festival a Monforte, o meu Pai e o famoso apoderado Jacinto Alcón (entre outros) testemunharam em casa de Paulo e Dita Caetano este meu reencontro com Manzanares. Levei as fotos da "bebedeira" e ele autografou-me uma delas (está aí em cima), sem contudo deixar de comentar: "Hombre, se me lembro! Que dia louco! Só te vou autografar uma, para guardares, porque não posso fazê-lo em todas... foi um dia de loucos, Miguel!" - riu-se. A história fica aqui retratada em fotos. Documentos reais.
Fotos D.R. e Emílio