terça-feira, 2 de julho de 2013

P.J. descarta hipótese de "vingança" na morte de José Maria Cortes

José Maria Cortes, há três anos, numa rija pega em Montemor, na corrida
da Feira de Setembro (onde este ano se ia despedir das arenas) e, na foto
de baixo, em 2011 no Campo Pequeno, recebendo das mãos do empresário
Dr. Henrique Borges o troféu como autor da melhor pega numa corrida em que
o seu grupo competiu, como no passado dia 20 de Junho, com o de Santarém


Fonte da Polícia Judiciária descartou a hipótese de ter sido uma "vingança" o homicídio de José Maria Cortes, cabo dos Forcados Amadores de Montemor, esfaqueado no coração e num pulmão durante uma rixa na feira de Alcácer do Sal na madrugada do passado dia 23 de Junho e que quatro dias depois acabaria por morrer no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
O envolvimento do saudoso José Maria numa outra rixa ocorrida há quatro anos em Évora e e na sequência da qual foi "condenado à morte" por um gang de brasileiros (que lhe chegaram a fazer esperas à porta de casa de seus Pais, onde vivia, na Avenida de Roma, em Lisboa) "nada terá a ver", segundo a mesma fonte, com o assassínio do forcado - ao contrário do que muitos admitiam.
O indivíduo que ontem foi preso em Setúbal pela Brigada de Homicídios da P.J. local, tem 20 anos, reside na cidade do Sado e não tem antecedentes criminais, pelo que se afasta a possibilidade de se ter tratado de "uma morte encomendada".
O caso das ameaças de morte a José Maria Cortes, na sequência de uma briga verificada anteriormente em Évora entre forcados do Grupo de Montemor e dois seguranças brasileiros de um bar da cidade-museu, presumivelmente membros do famoso gang de Sandro Bala (entretanto fugido do país), foi ao tempo sanado graças à intervenção de elementos ligados à Festa Brava e que se relacionavam, de algum modo, com esse grupo de brasileiros.
A trágica morte do cabo dos Amadores de Montemor terá resultado de uma rixa verificada no recinto da Feira Pimel, em Alcácer do Sal, na madrugada de 23 de Junho, depois da realização de uma garraiada na praça de toiros local, em que haviam participado jovens forcados do grupo chefiado por Cortes, mas não há, aparentemente e segundo a Judiciária, qualquer relação com o caso anterior.
O homem detido encontra-se nos calabouços da P.J. de Setúbal e só amanhã, quarta-feira, deverá ser presente a um juiz no Tribunal de Alcácer. Foi preso depois de consolidada a prova testemunhal que levou o Ministério Público a indiciá-lo por um crime de homicídio.

Fotos M. Alvarenga e D.R.