Pouca afluência de público ontem no Campo Pequeno no espectáculo de Carmelo Cuevas "Arte da Andaluzia a Cavalo", com a presença da algo desfalcada Real Escuela Andaluza del Arte Equestre.
Apesar de bonitos momentos, sobretudo aqueles em que se aliou a arte equestre ao flamenco, faltou algum brilhantismo e a cenografia foi pobre. Não se entende, por exemplo, como alguns números não foram executados com as luzes apagadas e um foco sobre os protagonistas - o que teria provocado uma ênfase bem mais tocante à exibição dos pupilos de Carmelo Cuevas e das quatro bailarinas espanholas.
Apesar de o espectáculo ter sido demasiado básico e sem o esplendor que se esperava, foi bonito ver "como bailam os cavalos andaluzes".
Pouco, mas bom, o público era mais selecto do que o que assiste habitualmente às touradas. Pouca gente dos toiros presente. Vimos, entre outros, o coudeleiro Gonçalo D'Ornellas e Vasconcellos, o cavaleiro Álvarito Bronze, o bandarilheiro Duarte Alegrete, o apoderado Carlos Calado, o antigo cavaleiro José Moita da Cruz, o grande aficionado José Peseiro e também o (ex) empresário Henrique Gil. E poucos mais.
Depois do sucesso de praça cheia que foram os espectáculos da gala "Apassionata" nos primeiros anos da reinauguração do Campo Pequeno, o de ontem foi demasiado fraco.
Fotos M. Alvarenga