Desmentido "a dobrar" pelo matador de toiros António João Ferreira (foto ao lado) e pelo empresário António Manuel Barata Gomes ("Campo e Praça") depois de ter declarado ao "Farpas" que o referido diestro lhe dissera que não integraria a sua quadrilha na corrida apeada da Feira da Moita porque "a empresa não o queria lá em virtude de no ano passado ter exigido que se arranjasse o piso da arena na corrida em que toureou Pedrito de Portugal", o bandarilheiro Pedro Gonçalves (foto de cima) volta à carga para acabar de vez com a polémica e depois de ontem terem sido oficialmente apresentados os elencos da Feira de Setembro na praça "Daniel do Nascimento".
António João Ferreira emitiu há dias um comunicado a desmentir Pedro Gonçalves, assegurando que ele nunca estivera previsto na sua quadrilha na Moita. O empresário Barata Gomes, por seu turno, garantiu ao "Farpas" que "a empresa não vetou" o bandarilheiro e que "quem escolhe e designa as quadrilhas são os toureiros", neste caso, o matador António J. Ferreira.
Dando o assunto por encerrado, Pedro Gonçalves esclarece, contudo, que foi o próprio António João Ferreira quem o informou de que não poderia sair às suas ordens na Moita porque "a empresa não o queria".
"Não minto e quando falei, contei a verdade. O António João Ferreira estava em minha casa para ser contratado por mim para uma corrida que estava previsto realizar-se na praça das Caldas da Rainha, promovida pelo ganadeiro João Dias Coutinho, de quem sou amigo e colaborar e por essa razão a contratação do matador estava a meu cargo. Essa corrida estava prevista para o próximo sábado, dia 24, mas acabou por não ir para a frente. Actuavam dois cavaleiros, Rui Salvador e Marcelo Mendes, o matador António João Ferreira e o novilheiro espanhol Mário Alcalde. Foi nesse dia, em minha casa e na presença de meu filho Francisco, que o António João me disse que lamentava não me poder levar na sua quadrilha à Moita, explicando que um dos empresários lhe dissera que não me queria lá. Foi à sua frente, também, que telefonei ao empresário António Manuel Barata Gomes", esclarece Pedro Gonçalves, acrescentando:
"Não vou falar mais sobre este lamentável assunto. Há 24 anos que toureio na Feira da Moita, tenho em casa vários troféus conquistados nesse certame, não penso retirar-me tão cedo e a praça da Moita também não há-de sair do sítio. Mas quando disse o que disse, sabia o que dizia, não minto. O António João Ferreira que seja homenzinho e venha repor a verdade, que só lhe fica bem!".
Fotos D.R.