segunda-feira, 10 de março de 2014

Olivença chamou-se "El Juli"!

Quatro orelhas e um rabo: foi toureando assim que "El Juli" marcou a diferença
na corrida de oito toiros de sábado em Olivença
Alejandro Talavante em ombros, ontem, numa tarde "estragada" pela falta de
qualidade (e de presença) dos toiros de Juan Pedro Domecq, que não permitiram
o luzimento de Ponce e de Morante

Com o habitual "ambientazo" e duas corridas de praça "à cunha", onde era bem visível a grande presença de aficionados lusos - apesar das várias tentativas de boicote ao ciclo que por cá foram feitas... - a Feira de Olivença voltou a ser no fim-de-semana o epicentro da Tauromaquia Mundial. Os empresários José Cutiño e Joaquín Domínguez levaram uma vez mais o barco a bom porto e mesmo sem a inclusão (justificada ou não, conforme os conceitos) de toureiros portugueses, os cartéis das duas novilhadas e das duas corridas de toiros motivaram, como todos os anos acontece, uma enorme afluência de "tugas", bem notada nas ruas, nas esplanadas e na praça de toiros, bem como nos muitos automóveis de matrícula portuguesa que por ali circularam. José Cutiño voltou a lamentar ao "Farpas" a "infelicidade que teve o apoderado do matador Pedrito de Portugal ao apelar pública e oficialmente ao boicote", o que, a seu ver, "até teve um efeito contrário, uma vez que a venda de bilhetes em Portugal, na Agência 'Arena' de Vila Franca, registou um aumento significativo de 35% em relação ao ano anterior". Coisas...
Artisticamente, a Feira de Olivença ficou fortemente marcada pelo poderio de Julián López "El Juli", em extraordinário momento de forma neste início de temporada, que na primeira corrida, sábado, cortou nada mais, nada menos que quatro orelhas e um rabo (duas no primeiro toiro e duas e rabo no segundo); pela entrega e pela valentia de António Ferrera (colhido no seu segundo toiro, na primeira corrida, mas premiado com duas orelhas); e pelo triunfo de Alejandro Talavante na segunda corrida, ontem à tarde, em que alternou, no cartel "mais esperado", com Enrique Ponce (aplaudido nos dois) e Morante de la Puebla (ovacionado em ambos), havendo aqui a lamentar a falta de força e sobretudo de presença dos toiros de Juan Pedro Domecq, responsáveis pelo insucesso do festejo.
Na primeira corrida, de oito toiros (de Domingo Hernández e de Garcigrande), passaram quase despercebidos, ante a apoteose de "El Juli" e o triunfo (sangrento) de Ferrera, os dois outros diestros do cartel, Manzanares (ovação nos dois toiros) e Miguel Ángel Perera (também ovacionado nos dois).
Mais fotos das duas corridas e dos famosos que estiveram em Olivença - já a seguir!

Fotos Hugo Teixeira/cortesia diariotaurino.blogspot.com