sexta-feira, 23 de maio de 2014

João Moura passa noite tranquila no Hospital de Egas Moniz

De costas, o apoderado Abel Correia quando acompanhava ontem João Moura
(de maca) à entrada no Hospital S. Francisco Xavier
Momento em que João Moura dava entrada, de maca, no Hospital S. Francisco
Xavier, trazido por dois elementos dos Bombeiros de Monforte e pelo chefe dos
enfermeiros das Urgências do Hospital de Portalegre, que o acompanhou no trajecto
para Lisboa
Ontem, perto da meia-noite, o momento em que chegava ao Hospital S. Francisco
Xavier, em Lisboa, a ambulância dos Bombeiros de Monforte transportando o
cavaleiro João Moura
Ontem, ao final da tarde, o momento em que João Moura chegava de ambulância ao
Hospital de Portalegre, vendo-se na foto (de Hugo Teixeira) a sua Mulher, Filipa
Telles de Carvalho. à conversa com um médico do INEM e também a ex-Mulher
do cavaleiro, Teresa Braz (à direita)
Há um mês, no Campo Pequeno, na conferência de imprensa de apresentação dos
primeiros elencos da Temporada, com o apoderado Abel Correia e o antigo matador
de toiros Rui Bento (ao meio), gestor taurino da praça de toiros de Lisboa
João Moura entrevistado pela CMTV na recente apresentação dos primeiros
cartéis da temporada do Campo Pequeno e, na foto de baixo, num momento da sua
actuação na corrida que no último sábado se realizou no Coliseu de Elvas

João Moura passou a noite tranquilo no Hospital de Egas Moniz, em Lisboa, e está a ser de novo examinado durante esta manhã pela equipa que é chefiada pelo neurocirurgião Dr. José Cabral, antigo e lembrado forcado dos Amadores de Montemor, que ontem mesmo o observou à chegada ao Hospital S. Francisco Xavier e o transferiu depois para a unidade onde passou a noite e onde deverá permanecer em observação durante o fim-de-semana.
"O caso não é grave, felizmente, nem há causas para alarme. O doente encontra-se estável e o internamento deve-se apenas à necessidade de ficar em observação para acompanhar toda a sua evolução", disse ao "Farpas" há momentos uma fonte hospitalar.
O famoso toureiro, de 54 anos, sofreu ontem uma aparatosa queda quando montava um cavalo no seu tentadero (pequeno redondel) na Quinta de Santo António, a escassos quilómetros de Monforte. Assistiam ao treino na altura o seu filho Miguel, também cavaleiro e que em Julho toma a alternativa no Campo Pequeno, sua Mulher, Filipa Telles de Carvalho e ainda os toureiros Luis "Procuna", José Prates e Lorival Bronze, que foi o primeiro a acudi-lo e a tentar fazer-lhe massagem cardíaca quando o cavaleiro ficou largos minutos inanimado, depois de bater com a cabeça no chão. A queda ficou a dever-se a uma escorregadela do cavalo.
João Moura foi assistido e reanimado no local pelos profissionais da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) e pelo INEM de Monforte, bem como pelos Bombeiros Voluntários de Monforte, que acorreram de imediato à quinta. Cerca de uma hora depois, João Moura foi então transportado para o Hospital Distrital de Portalegre, onde foi submetido a vários exames e de onde acabou por ser transferido para Lisboa - a transferência, ao contrário das notícias confusas e pouco claras que inicialmente circulavam, não teve a ver com a impossibilidade de fazer exames em Portalegre, mas exclusivamente com a inexistência naquele hospital de uma unidade de neurocirurgia. João Moura fez uma TAC e uma Ressonância Magnética no Hospital de Portalegre, onde à partida não foi diagnosticada nenhuma lesão muito grave. O cavaleiro sofreu um hematoma intracraniano no lado esquerdo do cérebro, lesão que na maioria dos casos requer apenas repouso absoluto, aguardando-se nas próximas 48 horas que o hematoma seja reabsorvido. Caso isso não aconteça, em última análise, terá que ser submetido a uma pequena intervenção cirúrgica, que é de baixo risco.
João Moura tem a próxima corrida agendada para 1 de Junho na praça de Almeirim, seguindo-se outra a 6 em Portalegre e a 14 em Reguengos de Monsaraz. "É muito cedo, ainda, para se poder dizer se poderá ou não cumprir esses compromissos profissionais", diz-nos fonte hospitalar.

Fotos M. Alvarenga, Hugo Teixeira e Emílio de Jesus