O primeiro era um daqueles toiros "que ninguém merece". Manso e distraído. António Telles provocou-o, pisou-lhe os terrenos, fez "trinta por uma linha" e resolveu a papeleta com emotivas sortes a sesgo |
No seu primeiro toiro, segundo da ordem, Moura deu um ar da sua graça e foi premiado com aplaudida volta à arena com o forcado Martim Lopes (Lisboa) |
Moura viu-se e desejou-se para deixar os ferros no quinto toiro da tarde. O animal acudia aos capotes e a seguir aos forcados, mas não quis nada com os cavalos... |
António Ribeiro Telles e João Moura Júnior não tiveram ontem matéria prima (lei-se: toiros) para brilhar na Corrida "Correio da Manhã"/Centro que abria a temporada na praça da Figueira da Foz. Os exemplares da ganadaria de Francisco Romão Tenório, exageradamente pesados, sem mobilidade e mansos no geral, deram "água pela barba" aos forcados, mas não investiram para os cavalos, tornando morna e chata a corrida de que muito se esperava. O triiunfo-maior coube a João Maria Branco (já a seguir, não perca a análise detalhada de Miguel Alvarenga) que deu ontem um passo de leão em frente, a caminho - firme e decidido - do galarim das primeiras figuras.
António Telles enfrentou dois toiros distraídos e reservados e teve que se socorrer da sua maestria e experiência para lhes dar a volta, cravando a ferragem em sortes sesgadas e provocando com emoção os oponentes, pisando terrenos de compromisso.
João Moura Júnior enfrentou em primeiro lugar um mansote lidável e deixou nessa actuação os poucos pormenores da sua muita raça. No seu segundo nada pôde fazer.
Já a seguir: os Momentos de Glória de João Maria Branco. Não perca!
Fotos M. Alvarenga