José Rilhas (primeiro da esquerda, na foto, com Maria Angélica Palmeiro e Miguel Capinha Alves, que durante alguns anos formaram o núcleo duro da ATR) abandona a Associação Tauromáquica Redondense, que gere desde a renovação da praça o Coliseu do Redondo. Em comunicado, Rilhas não explicita as razões que o levam a sair, mas deixa-as transparecer e anuncia mesmo que pode vir a integrar outros projectos que considera "aliciantes e credíveis".
No comunicado, o antigo elemento da ATR dá a entender que a sua saída tem a ver com o facto de a praça de toiros do Redondo, na sua óptica, ter consolidado em definitivo "a sua extrema importância no panorama taurino nacional". E afirma: "A temporada deste ano consolidou os objectivos da ATR, que passavam por colocar, novamente, a praça do Redondo no roteiro das praças mais importantes do país e isso, sem dúvida que está atingido".
No mesmo documento enviado aos orgãos de comunicação social para dar conhecimento da sua saída, José Rilhas põe o dedo na ferida e afirma verdades incómodas em relação à actividade taurina em geral que, no seu entender, "confronta-se com alguns problemas de grande complexidade que urge sanear o mais rapidamente possível e que passam por devolver a honestidade, a confiança, o profissionalismo e a credibilidade a esta actividade que faz parte integrante da cultura nacional". Para o antigo elemento da ATR, reencontrar todos esses valores perdidos "é um caminho que terá mesmo que, necessariamente, ser percorrido".
Por fim, José Rilhas afirma que não põe em definitivo "um ponto final" na sua "contribuição para ajudar a tauromaquia a seguir em frente", admitindo poder vir futuramente "a integrar algum projecto que eu ache que seja aliciante e credível".
Maria Angélica Palmeiro e o ganadeiro local Carlos Falé Filipe são agora os rostos visíveis da Associação Tauromáquica Redondense, que num passado não muito longínquo foi também abandonada por dois destacados elementos que a integravam, os antigos forcados João Filipe Santana (ex-cabo dos Forcados Amadores do Redondo) e Miguel Capinha Alves (antiga glória dos Amadores de Montemor).
Foto Emílio de Jesus/Arquivo