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| Joaquim José Correia morreu há 50 anos no Campo Pequeno e a empresa da praça vai render homenagem à sua memória na última corrida da temporada, a 13 de Outubro (morreu a 16) |
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| 16 de Outubro de 1966, as últimas cortesias. Completava no dia em que morreu 21 anos de idade |
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| A sequência da dramática colhida mortal de Quim-Zé Correia há 50 anos na arena do Campo Pequeno. Em baixo, o programa do festival |


Cumprem-se no próximo mês de Outubro 50 anos anos sobre a trágica tarde em que morreu na arena do Campo Pequeno o então promissor cavaleiro Joaquim José Correia "Quim-Zé" - 16 de Outubro de 1966.
Na última corrida que este ano se vai efectuar em Lisboa, precisamente a 13 de Outubro, três dias antes da comemoração desta tragédia, a empresa do Campo Pequeno vai render significativa homenagem à memória do saudoso cavaleiro.
Uma das mais destacadas figuras da época, no tempo em que as novas vedetas eram Mestre Batista e Luis Miguel da Veiga (que recebera a sua alternativa em Julho desse ano), o jovem cavaleiro de Évora era uma das grandes apostas do então empresário Manuel dos Santos, que o repetira nessa temporada várias vezes em Lisboa e nas principais praças do país.
Joaquim José Correia completava 21 anos de idade nessa tarde. Actuava graciosamente na praça do Campo Pequeno no tradicional festival de final de temporada em benefício do Orfanato-Escola Santa Isabel e tinha por companheiros de cartel o cavaleiro José Samuel Lupi e os matadores de toiros espanhóis Júlio Aparício, António Borrero "Chamaco", Paco Camino e Paco Pallarés, pegando os Forcados Amadores do Montijo, comandados por José Jacinto Carvalheira. tendo sido António Sécio, que mais tarde viria também a comandar o grupo, quem pegou o toiro que colheu mortalmente o cavaleiro.
Quim-Zé foi aparatosamente colhido pelo toiro "Carvoeiro", da ganadaria Rio Frio (de José Lupi) depois de o seu cavalo "Tirol" ter escorregado logo no início da lide (fotos de cima).
Ficou inconsciente na arena e foi de imediato transportado ao Hospital de Santa Maria, onde deu entrada já em estado de morte cerebral. O óbito foi confirmado ao início da noite e o seu funeral, no dia seguinte, foi o primeiro a passar no tabuleiro da nova Ponte Salazar, inaugurada em Agosto desse ano.
Quim-Zé Correia, que recebera a alternativa um ano antes, a 18 de Abril de 1965 (Domingo de Páscoa) na mesma arena do Campo Pequeno, das mãos de D. José de Atahyde, era ao tempo o novo valor que despontava e que o empresário Manuel dos Santos elegera para rivalizar com José Mestre Batista.
Embora a viver na Cova da Piedade há já alguns anos, Joaquim José Correia nascera na cidade de Évora em 16 de Outubro de 1945 e dera os primeiros passos na arte do toureio e da equitação recebendo os ensinamentos de Mestre Simão da Veiga e de António Anão, famoso equitador do Redondo.
Foi o segundo cavaleiro a morrer na arena do Campo Pequeno, depois de Fernando de Oliveira em 1904.
Fotos D.R.


