sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Há futuro, sim senhor!

Entre os cavaleiros, Francisco Correia Lopes marcou
ontem a diferença - e que diferença! - e deu volta com
o representante da ganadaria do Engº Luis Rocha
João Martins e Paula Santos (em baixo) protagonizaram ontem os melhores
momentos de toureio a pé na novilhada do Campo Pequeno


Alguma história - mas pouca - na novilhada de ontem em Lisboa, de promoção aos novos valores. Mesmo assim, há futuro e passou pelo Campo Pequeno, primeiro e sobretudo pela arte do jovem cavaleiro Francisco Correia Lopes (o único que toureou com verdade e dentro de uma linha clássica, fazendo tudo bem feito) e pelo valor e raça dos novilheiros João Martins (da Escola José Falcão de Vila Franca) e Paula Santos (a destemida toureira da Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita), esta frente a um novilho notável de Murteira Grave. De excelente nota, também, o exemplar da ganadaria do Engº Luis Rocha, lidado por Correia Lopes e que foi premiado com a volta à arena do representante da mesma.
O público acorreu ao Campo Pequeno, preenchendo mais de metade da lotação da praça. Dos restantes participantes, há a lamentar a má qualidade do novilho de Canas Vigouroux, que impossibilitou oi triunfo ao jovem novilheiro Sérgio Nunes, o representante da Academia de Toureio do Campo Pequeno; a cavaleira Cláudia Almeida teve um êxito mais popularucho que artístico, mas chegou ao público, teve música e deu aplaudida volta; e Francisco Núncio demonstrou ainda muita verdura e pouca preparação para estar incluído num elenco na primeira praça do país.
Os forcados de Alter do Chão pegaram os três novilhos lidados a cavalo, sendo caras João Tita (à terceira), Marco Pires (à segunda) e João Galhofas (à primeira). A corrida foi bem dirigida por João Cantinho - mais logo, não perca a análise detalhada de Miguel Alvarenga e todas as fotos de Emílio de Jesus.

Fotos Emílio de Jesus