24 anos depois, o empresário e apoderado José Manuel Ferreira Paulo "Cachapim" (na foto de cima, com sua Mulher e sua filha e também o seu sócio António Paes de Sousa) voltou à trincheira da praça do Campo Pequeno no passado mês de Julho, nas funções de novo apoderado do cavaleiro João Salgueiro da Costa, na corrida em que se homenageou Mestre Luis Miguel da Veiga pelos seus 50 anos de alternativa.
A última vez que "Cachapim" estivera na trincheira da praça do Campo Pequeno (de que, aliás, já foi empresário) foi na corrida por si organizada para a despedida formal do saudoso cavaleiro José João Zoio (cartaz ao lado), a 24 de Setembro de 1992.
Zoio, que nessa temporada regressara às arenas após vários anos afastado, para comemorar 25 anos de alternativa e se despedir, era então apoderado por "Cachapim", organizador de toda essa campanha. Na corrida actuaram ainda João Moura e João Salgueiro (que era também ao tempo apoderado por Ferreira Paulo) e fez a prova de praticante o jovem Francisco Núncio. Pegaram os forcados de Santarém, de Montemor e de Alcochete e lidaram-se toiros de Dias Coutinho. A praça do Campo Pequeno encerrava com esta corrida a temporada em que se comemorara o seu primeiro centenário.
24 anos depois, "Cachapim" recorda aqui amanhã, numa grande entrevista exclusiva ao "Farpas", esses tempos-outros, confessa o que sentiu ao voltar mais de duas décadas depois à trincheira do Campo Pequeno, conta por que aceitou apoderar João Salgueiro da Costa e analisa o momento actual da Tauromaquia nacional, lamentando que se viva "a época da troca de cromos, em que os toureiros não são contratados ou repetidos pelo seu valor, mas sim porque têm um apoderado que é também empresário e troca o seu toureiro com o do outro colega empresário..." - uma entrevista que vai poder ler aqui amanhã e que promete dar quase tanto que falar quanto o livro proibido de José António Saraiva...
Foto Emílio de Jesus/Arquivo