O Grupo de Forcados Amadores de Évora encerra a temporada no próximo dia 30 pegando seis toiros da temida ganadaria Veiga Teixeira na praça da sua terra, a de Évora. A quase uma semana do último grande acontecimento do ano, o cabo António Alfacinha (foto ao lado e em cima, ao comando do grupo) considera que se trata de "um desafio" mas garante que o grupo o encara "com total confiança". Lamenta que alguns grupos de forcados não andem na Festa "de forma honesta e amadora"... mas isso será tema para uma outra entrevista que certamente trará uma grande dose de polémica. E pode ser que ponha alguma coisa nos eixos.
- Fechar a temporada “em casa” com seis toiros de Veiga Teixeira é um acto de coragem. Que perspectivas, António, para esta corrida?
- Pegar em Évora é para qualquer grupo uma grande responsabilidade e oportunidade. Para nós, pegar em casa é ainda maior a responsabilidade. Fecharmos a temporada com seis toiros, é um desafio que encaramos com total confiança. Quanto ao serem toiros de Veiga Teixeira, acho ainda maior o desafio visto ser uma ganadaria que transmite muito, dá emoção ao espectáculo e chega ao público. As perspectivas são que o público comparece em força, encha a praça e seja uma grande tarde de toiros. Que os cavaleiros triunfem, os toiros saiam bravos e que peguemos os seis toiros sem problemas de maior e principalmente sem lesões!
- Que balanço faz da temporada do GFA de Évora?
- Acho que a temporada do GFAÉ é positiva, visto o panorama taurino que temos presentemente. Actuámos por 16 vezes em Portugal, mas com o número de elementos que temos no grupo era importante andarmos pelas 20/22 corridas por época. Quanto às actuações propriamente ditas foram todas no geral boas, excepção à noite do Campo Pequeno, em que as coisas não nos correram como desejávamos, mas em que saímos com sentimento do dever de forcado amador cumprido.
- O forcado continua a ser a figura da Festa que ainda leva gente às praças?
- O forcado amador é sem dúvida o grande pilar da Festa em Portugal, é quem mais gente leva às praças e com quem mais o público vibra. Pena é que nem todos os grupos andem da mesma forma, honesta e amadora.
- Há novos elementos? Diga-nos como vai ser o futuro do grupo?
- Somos um grupo com cerca de 35 elementos no activo, desde os mais velhos aos mais novos. Graças a Deus o trabalho que tem vindo a ser feito pelos elementos mais velhos tem trazido frutos aos grupo, com o aparecimento de algumas dezenas de jovens aos treinos no inverno e posteriormente alguns a vingarem nas últimas épocas. O futuro do grupo está mais que assegurado e parece-me bastante risonho.
Fotos Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com