Na sua última corrida há quatro anos (Julho de 2013) na Freixianda |
Os dotes de excelente equitador acompanharam Batista Duarte ao longo da sua carreira de três décadas nas arenas de todo o mundo taurino |
A alternativa há 28 anos em Tomar, a 11 de Agosto de 1989, apadrinhado por Joaquim Bastinhas |
"Tenho uma boa quadra de cavalos para fazer a minha última campanha" |
Esta semana na sua quinta em Tomar com Miguel Alvarenga e Paco Duarte |
Maias de trinta anos passados sobre os seus inícios nas arenas, o cavaleiro tomarense Batista Duarte está a preparar criteriosamente a sua última campanha. Em 2017 vai reaparecer, após três anos sem actuar, e simultâneamente fazer a despedida.
"Andei três décadas na Festa com dignidade e dando sempre o meu melhor. Posso não ter alcançado o patamar de primeira figura, mas nunca envergonhei em parte alguma do mundo a nobre arte do toureio a cavalo", afirma, em jeito de balanço de uma carreira de que se orgulha.
"Toureei muito em Espanha e ao lado das maiores figuras do meu tempo, actuei em França, nas Américas. Fui sempre um romântico e um apaixonado, vivi grandes tardes, guardo muitas recordações e fiz imensas amizades", recorda o toureiro de Tomar, que garante "estar preparado e bem montado" para a campanha final.
Batista Duarte está a reunir uma equipa que o acompanhará na derradeira temporada. Vai iniciá-la em Espanha, onde pretende participar "em cinco ou seis corridas" e depois projecta tourear "mais duas ou três corridas boas em Portugal e fazer a despedida no final da época".
E adianta:
"Gostava de tourear uma última vez na praça da minha terra, onde tomei a alternativa em 11 de Agosto de 1989 apadrinhado por Joaquim Bastinhas, com o testemunho de Rui Salvador e Frederico Carolino. E sonho com a despedida no Campo Pequeno, onde ainda não toureei desde a reabertura".
Os dados estão lançados e os próximos meses, assegura, "vão ser de intensa preparação". "Posso não ter sido uma primeira figura, mas andei cá com paixão e dignidade e queria despedir-me da mesma forma, fazendo alarde dos valores de antigamente, do romantismo, da aficion, da entrega que eram apanágio dos toureiros de outros tempos", diz o cavaleiro, a terminar.
Fotos Fernando Clemente, D.R. e M. Alvarenga