Abriu praça o mexicano Héctor Gutiérrez, que cortou uma orelha |
António Pintiado (espanhol) recebeu ovação no final da sua faena |
Alejandro Adame cortou duas orelhas e deu volta com o maioral de Zalduendo |
O espanhol Carlos Domínguez foi ovacionado |
Ismael Jiménez (espanhol) bandarilhou e toureou com arte, foi ovacionado. Em baixo, o mexicano Arturo Gilio, que foi silenciado |
O mexicano Alejandro Adame (duas orelhas) sagrou-se ontem triunfador absoluto da novilhada sem picadores que encerrou a Feira de Badajoz, um ciclo que decorreu em ritmo sonso e com pouco público e que fica algo aquém do que se esparava no ano em que se comemora o 50º aniversário da inauguração da Monumental.
Supostas imposições da Fusión Internacional por la Tauromaquia, a FIT dos mexicanos, pode ter ditado este fracasso que em nada correspondeu aos habituais levados a cabo por José Cutiño. As duas melhores corridas tiveram lugar em dias de semana, o cartel da data forte, o dia de S. João (mano-a-mano Adame/Garrido) não registou mais que um quarto de casa, faltou a corrida de rejoneio, faltaram figuras que se impunha estarem presentes, nomeadamente António Ferrera (toureiro da terra e triunfador de Sevilha), Miguel Ángel Perera e "El Juli" - e todos esses equívocos terão contribuído em decisivo para que o público não acorresse às bancadas da Monumental de Badajoz.
Além do triunfador Alejandro Adame, num cartel composto por três novilheiros espanhóis e três mexicanos, actuaram ontem Héctor Gutiérrez, mexicano (orelha), António Pintiato, espanhol (ovação), Carlos Domínguez, espanhol (ovação), Ismael Jiménez, espanhol (ovação) e Arturo Gilio, mexicano (silêncio). Lidaram-se novilhos de Zalduendo, tendo o terceiro, de nome "Embustero", lidado por Adame, sido premiado com volta ao ruedo.
Menos de um quarto das bancadas preenchidas em tarde amena e de agradável temperatura, sem o calor exagerado que se costuma sentir por estas alturas em Badajoz. Ou seja, até o tempo mudou...
Fotos Maria Mil-Homens