Impressionante sequência da dramática colhida sofrida este sábado na praça de Portalegre pelo cavaleiro Miguel Moura quando lidava o primeiro toiro do seu lote, um manso da ganadaria espanhola de La Dehesilla, de José Luis Pereda.
O incidente ocorreu quando o cavaleiro, depois de um primeiro ferro curto em terrenos de grande compromisso e com o toiro fechado em tábuas, tentava cravar um segundo nos mesmos moldes. Desta vez, o toiro não arrancou e apenas investiu quando Miguel Moura já não tinha praticamente saída, colhendo o cavalo de forma violenta contra as tábuas e provocando a sua queda, bem como a do toureiro.
Miguel Moura ficou debaixo do cavalo e com o toiro a carregar sobre ambos. Viveram-se momentos de enorme dramatismo e ansiedade na praça, chegando a recear-se o pior. Rui Salvador foi dos primeiros a saltar à arena e ainda rabejou o toiro. Quando o cavalo se levantou finalmente, Miguel Moura tinha o pé preso ao estribo e ainda foi arrastado alguns metros.
"Não morreu por milagre. Receou-se o pior, foi uma colhida e uma queda muito feia e podia ter tido consequências fatais", disse ao "Farpas" o crítico taurino Hugo Teixeira.
Prontamente socorrido por forcados e bandarilheiros e também por seu irmão João Moura Jr. (foto ao lado), Miguel Moura recompôs-se e regressou à arena para terminar a lide, toureando depois ainda o último toiro da corrida, segundo do seu lote, alcançando dois êxitos notáveis que lhe valeram ganhar o prémio que estava em disputa para a melhor lide.
"Só não acontece a quem lá não anda e esta corrida de Portalegre foi uma corrida que deu emoção e é bom que o público sinta essa emoção na bancada", disse Miguel Moura ao site toureio.pt, afirmando "estar um bocado dorido", mas não ter sofrido, graças a Deus, quaisquer lesões. "Podia ter sido muito pior", concluiu.
Miguel Moura regressa às arenas já no próximo sábado, dia 26, actuando na corrida da Feira de Maio na praça da Moita.
Fotos D.R.