Momentos de arte, de encanto e de sentimento protagonizados pelo próprio ganadeiro Dr. Joaquim Grave num "faenão" de muleta, ele que não toureava há dez anos |
Pela manhã, realizou-se uma tenta com reses de nota altíssima e a participação dos novilheiros portugueses João d'Alva e Luis Silva e dos espanhóis Manolo Perera e Eric Oliveira |
O grupo de jornalistas que na passada terça-feira visitou a Galeana e, em baixo, os novilheiros participantes na tenta, com o ganadeiro Dr. Joaquim Grave |
O ilustre ganadeiro Dr. Joaquim Grave abriu na passada terça-feira as portas da sua histórica Herdade da Galeana - o Templo do Toiro Bravo - a um grupo de jornalistas e repórteres taurinos, em que o "Farpas" esteve representado por Maria João Mil-Homens.
Raras são as vezes em que a famosa ganadaria Murteira Grave recebe jornalistas no seu Templo. Mas era um dia especialíssimo e o ganadeiro quer partilhá-lo com a Imprensa. Há precisamente 30 anos, a 29 de Maio de 1988, a divisa portuguesa obteve um êxito memorável na Monumental de Madrid: o toiro "Cumpridor", com o nº 9 e o peso de 560 quilos, lidado e estoqueado pelo matador José Luis Palomar, que lhe cortou uma orelha, teve honras de volta ao ruedo em plena Feira de Santo Isidro e a ganadaria viria depois a ser premiada como a melhor corrida da feira na mais importante praça de toiros do mundo. Desde então, o dia 29 de Maio passou a fazer parte da História da ganadaria Murteira Grave e da Tauromaquia mundial.
Para o assinalar, o Dr. Joaquim Grave recebeu os repórteres, mostrou-lhes a camada para 2018 (que vamos aqui ver já a seguir) e de manhã realizou-se uma magnífica tenta com reses de nota alta e a participação dos novilheiros lusos João D'Alva (Escola de Vila Franca) e Luis Silva (Escola da Moita) e dos espanhóis Manolo Perera e Eric Oliveira.
Mas a grande surpresa do dia aconteceu já no final da tenta, quando Joaquim Grave pegou numa muleta (coisa que não fazia há dez anos) e nos proporcionou momentos de uma profunda e sentida arte num "faenão" que a todos encantou e demonstrou bem que dez anos de "inactividade" não são nada para quem sabe e jamais esquece.
Fotos Maria Mil-Homens