quarta-feira, 27 de junho de 2018

Rui Fernandes esta 6ª feira em Évora: "É uma corrida carismática, com um cartel atractivo e vou com ganas de triunfar, como sempre!"



Rui Fernandes, a comemorar 20 anos de alternativa, é o cabeça de cartaz da grande corrida das festas de São Pedro que depois de amanhã, sexta-feira, 29, se realiza em Évora e onde Diego Ventura se apresenta depois da histórica tarde em que cortou um rabo em Madrid, completando o cartel o jovem praticante António Prates e os Forcados Amadores de Évora, que comemoram 55 anos da sua fundação, frente a toiros imponentes de Canas Vigouroux. O cavaleiro falou ao "Farpas" a 48 horas da grande noite.

- Que expectativas, Rui, para a grande corrida desta sexta-feira em Évora?
- As maiores! É uma das corridas mais carismáticas do panorama taurino português, a de São Pedro, o cartel é bastante atractivo, penso que estão reunidos vários ingredientes para que o público e os aficionados não deixem de ir esta sexta-feira a Évora. É a primeira corrida em Portugal do Diego Ventura depois de ter cortado um rabo em Madrid e acompanha-nos o jovem praticante António Prates, que se tem vindo a destacar e é sempre importante e necessário que sejam dadas estas oportunidades para que os novos valores se afirmem e andem para a frente. A comemoração dos 55 anos dos Forcados Amadores de Évora é outro aliciante de peso, por isso penso que será uma noite grande de toiros e a minha aposta é a de que a praça vai esgotar, assim esperamos todos.
- E que perspectivas face aos toiros de Canas Vigouroux?
- São toiros que não nos vão facilitar a vida a nós, nem aos forcados, toiros que garantem à partida uma noite de emoção e que todos vamos tentar que seja também de arte.
- Ventura chega a Évora embalado pela total consagração em Madrid... Amigos, amigos, competição à parte?
- Claro que sim. Somos amigos, como sou de muitos outros companheiros, mas uma coisa é a amizade e outra é a nossa "luta" dentro da praça, que é o local onde tudo se tem que resolver. E aí cada um vai para ser o melhor e para triunfar sobre o outro, ninguém tem que levar a mal, é mesmo assim, vamos para jogar as nossas cartas e conseguir triunfar e proporcionar ao público grandes momentos de toureio e de emoção.
- Vinte anos de alternativa. Valeu a pena, Rui?
- Sem dúvida que sim. Como é lógico, ambiciono cada vez mais e nunca me sinto totalmente realizado, mas valeu a pena todo este meu esforço e este meu empenho em vinte anos de carreira profissional. Pisei as principais praças de vários países e aguentei um nível que considero ter sido até aqui bastante bom e que, graças a Deus, tem sido reconhecido pelo público, pelas empresas pela crítica taurina, por todos. Ter a certeza de que tenho ainda mais para dar é o que me faz acordar todos os dias e montar os meus cavalos, preparando-me para todos os desafios. Esta corrida de Évora é a minha segunda em Portugal, depois da de Lisboa e vou com todas as ganas de triunfar, como sempre. Gostava de ainda cá andar muitos anos e de alguma forma poder dar o meu contributo para uma Festa mais sólida e mais forte, cada vez mais forte.

Fotos D.R.