Uma semana após a ministra da Cultura ter insultado 3,3 milhões de aficionados, a APET estranha a continuidade de Graça Fonseca no Executivo e pergunta: Costa não diz nada?
A APET - Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos questiona o silêncio de António Costa e a continuidade da ministra da Cultura no Executivo, uma semana após Graça Fonseca ter chamado incivilizados a mais de 3,3 milhões de portugueses que todos os anos participam em atividades relacionadas com a tauromaquia.
Para a APET, além de insultuosas, as declarações de Graça Fonseca são discriminatórias e, por isso, inaceitáveis para quem exerce funções públicas.
“Como a ministra muito bem sabe, ninguém deve ser alvo de discriminação. A tauromaquia é uma actividade artística. Dizer que o nosso trabalho é marginal, querer taxá-lo por isso, é uma violação inadmissível que não iremos tolerar”, afirma Paulo Pessoa de Carvalho, presidente da APET e também da PróToiro, para quem o primeiro-ministro já deveria ter vindo a público dizer se concorda com as afirmações da ministra: “Se não concorda, então que a demita”.
Em representação dos empresários tauromáquicos, Paulo Pessoa de Carvalho acrescenta que “a atividade tauromáquica é uma fonte de receita do Estado, geradora de muitos postos de trabalho e cumpridora das obrigações fiscais e sociais”. E questiona: “Com que direito, com que legitimidade e até com que lucidez e discernimento, a ministra da Cultura se atreve a colocar em causa a nossa igualdade de direitos?”.
A APET garante “fará tudo o que for possível na defesa da atividade tauromáquica” para, de uma vez por todas, “deixarem de existir filhos e enteados entre os portugueses”.
Foto D.R.