À semelhança do que fizeram os deputados da Assembleia da República e também a Câmara Municipal de Elvas na última semana, a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou ontem pela quase totalidade dos deputados municipais, um voto de pesar pela morte do cavaleiro Joaquim Bastinhas.
Votaram a favor o CDS, o PSD, o PS, o PCP, o PPM, um deputado do MPT, oito deputados Independentes, num total de 66 dos 75 deputados municipais. Abstiveram-se um deputado do MPT, dois deputados do PEV e três deputados do BE. Votaram contra dois deputados do PAN e um deputado Independente.
A proposta partiu da ação conjunta do CDS, PSD e MPT que propuseram um voto de pesar onde se refere que "Joaquim Bastinhas era apelidado, muitas vezes, como o 'toureiro do povo'. A empatia que gerava com as bancadas, a alegria que transmitia em cada um dos momentos e a forma como chegava aos milhares de pessoas que o seguiam, notabilizou-o de forma ímpar. França, México, Venezuela, Grécia, ou Macau, para além de Portugal e Espanha, vibraram, com o mágico momento do par de bandarilhas que Joaquim Bastinhas, como nenhum outro, celebrizou e eternizou na memória coletiva".
É ainda destacada a grande ligação de Joaquim Bastinhas com a praça de toiros de Lisboa, tendo este um "percurso centrado em Lisboa onde Joaquim Bastinhas se torna o cavaleiro de alternativa a somar mais actuações na arena do Campo Pequeno: 115 espetáculos, 104 como profissional e 11 como amador e praticante".
Este é mais um importante reconhecimento social da obra e legado de Mestre Joaquim Bastinhas, depois da aprovação de similares votos de pesar na Assembleia da República e várias autarquias.
Joaquim Bastinhas faleceu um Lisboa, no dia 31 de Janeiro, no Hospital da Cruz Vermelha.
Foto Maria Mil-Homens