Polémicas declarações do Maestro Mário Coelho sobre os forcados numa grande entrevista publicada na última sexta-feira no jornal "i" estão a agitar o mundo das jaquetas de ramagens e já provocaram grande celeuma nas redes sociais, onde se sucedem os ataques da forcadagem ao histórico bandarilheiro e matador de toiros, de 83 anos, que é apresentado na publicação como o diestro que foi "amigos de estrelas de Hollywood".
Queestionado sobre o tema do mundo dos toiros "estar ligado à pancada e à desordem", afirma o famoso toureiro vialfranquense:
"Isso são os forcados. Isso é outra cultura, outra tauromaquia. Eu digo isto e eles não gostam. O homem é diferente do touro. O touro é valente quando está sózinho mas quando está em manada é dócil, indiferente, nobre. O homem é diferente. Quando está sózinho ‘nai-nai’, quando está acompanhado é valente como o caraças. E os forcados são assim. Quando estão em grupos, os forcados que entram aí numa tasca, num restaurante e partem tudo. Parecem-se como as claques do Benfica, Porto e Sporting. Mas quando estão sózinhos não valem nada".
Estas declarações de Mário Coelho estão a agitar os forcados e a provocar enorme polémica.
Ao "Farpas", o carismático matador que no seu tempo foi considerado o melhor bandarilheiro do mundo, garante que "não disse isso aos jornalistas".
"Foi uma jornalista e um jornalista que foram a minha casa entrevistar-me. A entrevista está gravada e facilmente se pode provar que eu não disse, nem nunca diria, uma coisa dessas. Fui muito amigo do Nuno Salvação Barreto e referi, na verdade, que nos seus tempos havia muitas vezes cenas de pancadaria com forcados, mas que hoje não é assim e até teci as maiores considerações aos forcados, por quem tive sempre uma grande admiração e muita estima. Era impensável que eu dissesse o que veio no jornal. As minhas declarações foram deturpadas", garante o toureiro, acrescentando que "desde sexta-feira, depois de ler isso, tenho andado muito incomodado".
Foto D.R.