Miguel Alvarenga - Estou tranquilo e relaxado. Com calma. Nunca parti para nenhum desafio derrotado à partida. É o pior que se pode fazer. Parti sempre para todos os desafios da minha vida com a certeza que os ia ganhar. Foi com essa postura que aceitei o desafio do meu querido Amigo Gonçalo para ser o nº 3 da lista do PPM por Lisboa nas próximas eleições legislativas. Nem costumo votar, como sabem. Mas desta vez vou e todos devem ir. Vamos defender os valores pátrios, as nossas tradições, a nossa cultura - que agora todos atacam com o objectivo de nos "estrangeirar" cada vez mais. Ninguém vota no PPM? No 3º lugar nunca serei eleito? Mas porque é que eu hei-de pensar assim? Alguém imaginaria que o André Silva do PAN seria um dia eleito? Não só o foi, como dizem as sondagens que vai ser o quarto partido nacional, à frente até do CDS e do PCP, que são os únicos dois, por mais que estejam em polos opostos, que defendem a Tauromaquia. Eu vou defendê-la. Nós vamos defendê-la.
Os aficionados da Festa Brava talvez ainda não se tenham apercebido de que vêm aí anos difíceis e muito complicados para nós. Para eles. Se o PS, o Bloco de Esquerda e o PAN tiveram juntos maioria no Parlamento, que ninguém tenha dúvidas que num instantinho acabam com as touradas. E nós não vamos lá ter ninguém que nos defenda? Os socialistas que nos defendiam, casos de Vera Jardim, de Manuel Alegre, de João Soares, já não serão deputados na nova legislatura.
Voltando atrás: não vou ser eleito? E porque razão o não serei? Vou acreditar que sim, que serei eleito, que o Gonçalo será eleito e que juntos vamos ter uma voz importante no Parlamento para defender os nossos valores, a nossa cultura, as nossas tradições.
Aceitei o desafio. Vou em frente e sem medo. O povo está farto dos partidos tradicionais, das aldrabices, dos roubos e de nunca ninguém ir preso, da corrupção que é sinónimo de impunidade, eles fazem tudo e nunca pagam nada.
Estamos fartos. Portugal tem que se reencontrar. E é com vozes como as nossas que isso pode um dia acontecer.
Se não for eleito, não fui. Mas pelo menos tentei. Acho péssimo que os chamados pequenos partidos não se unam. Todos juntos, conseguíamos reencontrar Portugal. Pode ser que um dia isso aconteça. Para já, vamos sózinhos e com um nome: Partido Popular Monárquico.
E não vamos derrotados para a corrida. Vamos sorridentes, tranquilos, com espírito de vencedores.
Pensem isso quando lá chegarmos. É preciso mudar.
Foto D.R.