Nuno Salvação Barreto, uma das maiores referências dos forcados |
Paulo Pereira no uso da palavra, evocando a figura de Nuno Salvação Barreto, ladeado por Rui Bento, Pedro Maria Gomes e Paula Mattamouros Resende |
Alguns elementos dos Forcados Amadores de Lisboa e poucos representantes da imprensa taurina ontem na inauguração da exposição que reúne parte do espólio de Nuno Salvação Barreto |
Rui Bento e José Luis Gomes apreciando algumas das peças expostas |
Dois amigos do Grupo de Lisboa: o empresário espanhol Paco Jiménez, de Arnedo e António Manuel Moraes, conceituado jurista, escultor e escritor com várias obras dedicadas à temática taurina |
Paulo Pereira, José Luis Gomes, Rui Bento e Pedro Maria Gomes |
Pequena, mas de grande significado, a exposição fica patente ao público no átrio principal de entrada do Campo Pequeno até à próxima 6ª feira |
Vários troféus atribuídos ao GFA de Lisboa, cartazes e recortes de imprensa que fazem parte do espólio de Nuno Salvação Barreto e foram cedidos para esta exposição por sua filha Patrícia |
O Troféu ao Mérito com que a Real Tertúlia Tauromáquica D. Miguel I distinguiu no ano de 1993 a figura de Nuno Salvação Barreto e, em baixo, um busto do cabo fundador dos Forcados Amadores de Lisboa |
Foi ontem inaugurada ao final da tarde no átrio da entrada principal da praça de toiros do Campo Pequeno a exposição evocativa de Nuno Salvação Barreto, que ficará patente ao público até à próxima sexta-feira, dia da corrida comemorativa do 75º aniversário da fundação do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa.
A exposição mostra algumas peças do espólio do famoso forcado, fundador do Grupo, cedidas por sua filha Patrícia Salvação Barreto.
Presidido pela administradora do Campo Pequeno, Paula Mattamouros Resende e pelo director de Tauromaquia, Rui Bento, o acto de inauguração foi, inexplicavelmente, pouco concorrido e contou com a escassa presença de alguns elementos dos Amadores de Lisboa e apenas três orgãos da imprensa taurina, o "Farpas", o blog "Tauromaquia Alentejana" e os sites "Infocul" e "Porta dos Sustos".
Na altura, Paulo Pereira, Relações Públicas da empresa, recordou em breves palavras a figura ímpar de Nuno Salvação Barreto:
"Constitui para a empresa do Campo Pequeno motivo de enorme satisfação poder apresentar esta simples, mas significativa mostra sobre Nuno Salvação Barreto, o inesquecível cabo fundador do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, que este ano comemora as suas Bodas de Diamante.
"Há 75 anos, um adolescente de apenas 15 anos, apresentava-se como líder de um grupo de jovens que viria a marcar para sempre, quer a arte de pegar toiros, quer a figura do forcado amador. Esse então quase menino, Nuno Salvação Barreto, pela intensidade da sua personalidade, pela forma polifacetada e vibrante como viveu a vida, foi por muitos apelidado de Génio. Independentemente desse estatuto, Nuno Salvação Barreto foi, enquanto forcado, um dos mais importantes da história da tauromaquia. Dignificou a pega enquanto sorte do toureio, divulgou-a tanto em Portugal, como além-fronteiras, nas mais importantes arenas mundiais.
"A sua intrepidez e coragem levaram-no a que fosse convidado pela produção da longa metragem 'Quo Vadis', no ano de 1951, para duplo do actor Buddy Baer, que interpretava a figura do escravo Ursus nesse filme. Missão: salvar a bela Lígia de ser trespassada em pleno circo romano pelas hastes de um toiro…o sacrifício de uma mulher cristã a quem o seu fiel escravo salva da morte. Nuno Salvação Barreto, dobrando o actor pegou esse toiro em hastes limpas.
"Foi empresário taurino, divulgou a corrida à portuguesa, sobretudo em França; foi também empresário em vários ramos da economia e foi, acima de tudo, um formador do carácter humano, um Líder dentro e fora da praça.
"Por isso, a maior homenagem que se pode fazer a Nuno Salvação Barreto é deixar expressa a opinião generalizada de várias gerações de Forcados aqui presentes e que passo a citar: 'O Grupo de Forcados Amadores de Lisboa foi a minha segunda família. Ali cresci e moldei o meu carácter e a minha personalidade'".
Fotos Maria Mil-Homens e M. Alvarenga