"O contrato de concessão (do Campo Pequeno) obriga a 20 espectáculos por temporada. Vamos por isso esperar que se cumpram os compromissos com o concessionário" - afirma ao "Correio da Manhã" Hélder Milheiro, secretário-geral da ProToiro-Federação Portuguesa de Tauromaquia, a propósito de toda esta indefinição que ensombra o futuro da primeira praça do país.
E sobre o facto de Álvaro Covões, futuro dono da praça, ter afirmado que o seu negócio "é a música e não as touradas", Milheiro desdramatiza a frase: "A interpretação da frase é errónea. O que o empresário Álvaro Covões quis dizer foi que não vai ser o próprio a fazer a gestão directa dessa área".
Sobre a proposta de aumento do IVA no espectáculo tauromáquico para 23%, que hoje mesmo vai à votação na Assembleia da República, diz:
"A proposta é ilegal e discriminatória. É a única área da cultura que vai ter este aumento. As outras mantêm-se a 6 por cento. O Estado deve promover o inverso".
E questionado sobre se a ProToiro irá contrapor o mais que provável resultado da votação de hoje, Milheiro informa que "após a decisão mostraremos a nossa posição".
Foto D.R.