São cerca de 70 as novas medidas de segurança sanitária que vão ser impostas na reabertura das praças de toiros e foram elaboradas pela APET. Já estão aprovadas pela DGS e pela IGAC depois da reunião desta tarde e vão agora ser enviadas ao Ministério da Cultura, que as submeterá ao Conselho de Ministros
Um documento elaborado pela Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), a que o "Farpas" teve acesso, impõe as cerca de 70 novas medidas que vão vigorar nos espectáculos tauromáquicos como prevenção e segurança para evitar o contágio e propagação da covid-19.
Numa primeira fase do desconfinamento da tauromaquia, a partir de 1 de Julho, só poderá ser utilizada 50% da lotação dos recintos, podendo a totalidade vir a ser disponibilizada ao público numa segunda fase, a partir de 1 de Agosto.
Durante o primeiro mês (Julho), só poderão realizar-se espectáculos em praças com lugares marcados e não pode haver lugares em pé, o que excluirá as desmontáveis.
O distanciamento entre os espectadores será de um lugar apenas, sendo que podem ficar juntas pessoas que coabitem (sejam familiares e vivam na mesma casa). Também os camarotes só pode sem utilizados por coabitantes.
As praças de toiros terão que ser devidamente desinfectadas antes e depois do espectáculo por empresas especializadas e nas entradas haverá gel desinfectante. O público terá que utilizar máscara na entrada e na saída do recinto, mas pode não a utilizar durante o espectáculo, se o mesmo for ao ar livre.
As entradas das praças abrirão com duas horas de antecedência para evitar aglomeração de pessoas nas entradas e mesmo estas terão que ter um distanciamento de dois metros umas das outras nas filas de espera. As saídas far-se-ão por fases e de sector em sector, com distanciamento social de dois metros entre os espectadores e as corridas vão decorrer sem intervalo para evitar aglomerações de pessoas nas instalações da praça.
No primeiro mês do desconfinamento (Julho) não estarão em funcionamento os bares das praças de toiros e no exterior, consoante as características das instalações de cada praça (enfermarias) terá que funcionar uma tenda com profissionais de saúde prontos a receber qualquer pessoa doente que possa evidenciar sintomas de covid-19.
Os artistas (cavaleiros, matadores, bandarilheiros e forcados) terão que permanecer distanciados na trincheira e com máscara quando não estiveram a tourear. Haverá uma drástica redução das senhas de trincheira a atribuir, evitando aglomeração de pessoas na trincheira e até as bandarilhas terão que estar devidamente desinfectadas antes de ser utilizadas.
Nas voltas à arena dos artistas, terá de haver distanciamento social entre todos e não são permitidos os habituais cumprimentos da praxe entre eles.
Os forcados (pode haver um número mais limitado de forcados fardados por corrida) vão ter que estar distanciados uns dos outros na trincheira e de máscara, só a podendo tirar quando forem actuar.
As medidas hoje aprovadas na reunião da DGS e da IGAC com os representantes do sector tauromáquico, que estiveram liderados pela APET, vão agora ser apresentadas ao Ministério da Cultura, que depois as submeterá a Conselho de Ministros.
Foto Frederico Henriques