quarta-feira, 23 de setembro de 2020

30 MILHÕES de leitores em 11 anos! É obra!

Depois de há dois meses e meio (7 de Julho) termos atingido os 29 milhões de leitores desde que iniciámos esta aventura (Março de 2009), dobrámos ontem mais outro Cabo da Boa Esperança, chegando aos 30 milhões! Três vezes a população de Portugal! É obra! Em 11 anos. Obrigado a todos!

Miguel Alvarenga - Este texto que aqui vos recordamos em cima foi o primeiro que publicámos, no dia 7 de Março de 2009, o dia em que o "Farpas Blogue" arrancou na internet (até então um espaço estranho e pouco familiar que eu me recusava a explorar e onde até tinha receio de andar…), foi mais ao menos como se tivesse chegado à Lua, por onde já tinha andado o Tintin muito antes dos americanos… 


Eu odiava a internet. E odeio. Eu odiava computadores. E todos os dias, não me canso de o repetir, tenho mais saudades da minha velhinha e tão eficaz máquina de escrever. Onde nada desaparecia e aqui desaparece tanta vez tanta coisa. Eu adorava as máquinas fotográficas com rolo, no tempo em que as máquinas fotográficas eram a sério. E hoje já tive que me habituar às modernas. Enfim…


O "Farpas Blogue" nasceu como um complemento do jornal "Farpas" e continuou, com maior fulgor, depois deste acabar as suas edições em papel. O jornal “Farpas” nascera na sequência da coluna “Farpas”, assim baptizada por Vera Lagoa (início dos anos 80) no dia em que me chamou ao seu gabinete e me desafiou a escrever no jornal “O Crime” (de que era proprietária em simultâneo com “O Diabo”, onde eu já escrevia a página “O Diabo ao Quite” com o meu querido e saudoso amigo Dr. Fernando Teixeira) uma coluna de Tauromaquia que fosse inovadora e completamente diferente do que até então existia, contando (sem medo) o que mais ninguém contava e todos queriam saber, espécie da célebre coluna “Bisbilhotices” que a celebrizara no “Diário Popular”.


A coluna “Farpas” - que não era propriamente uma coluna, mas duas páginas - transitou no início dos anos 90 para o semanário “O Título”, que fundei com Fernando Alegrete quando saí de “O Crime”. E mais tarde, quando “O Título” acabou, o "Farpas" transformou-se em semanário. E por seu turno, quando o jornal “Farpas” deixou de se publicar em papel, passou a viver aqui diariamente na internet, depois de nos primeiros anos ter sido apenas um complemento do próprio jornal.


A 7 de Julho deste ano, 11 anos e 4 meses depois do início desta aventura, dobrámos outra vez mais um Cabo da Boa Esperança, atingimos o número recorde de 29 milhões de leitores


Menos de três meses depois, atingimos ontem os 30 milhões - o que significa, apenas e só, que nos meses de Julho, Agosto e Setembro fomos lidos por um milhão de leitores. Mensalmente, somos lidos por mais de 400 mil aficionados (415.515 no último mês). Recorde inigualável.


E venho aqui agradecer-vos. Tinha razões para me (nos) vangloriar. Mas a gratidão é sempre mais bonita. Obrigado a todos pela preferência, pela confiança, por nos ajudarem a marcar a diferença.


Obrigado a todos os que acreditaram e estiveram desde a primeira hora a meu lado, formando esta equipa magnífica e coesa que diariamente trabalha para informar com rigor, com isenção e com profissionalismo, todos aqueles que nos lêem. Até os que dizem que não lêem… mas sabem sempre o que aqui vem escrito…


Alguns dos muitos companheiros que estiveram a meu lado nesta aventura iniciada há 11 anos seguiram depois as suas vidas. Mas jamais esquecerei o contributo que todos eles deram ao "Farpas". E a todos quero abraçar - num abraço simbólico que aqui deixo, como sempre, ao nosso querido e eterno Emílio. Que foi um dos grandes impulsionadores desta aventura - e durante anos o seu maior pilar.


Nunca quisemos ser melhores e, muito menos, Deus nos livre, piores que os outros. Quisemos só ser diferentes. E conseguimos. Por si, leitor amigo. E para si.


Venham mais 30 milhões!


Obrigado!


Fotos D.R.


Foi Vera Lagoa quem, no início dos anos 80, baptizou com
o nome "Farpas" a coluna taurina do jornal "O Crime",
inspirada na sua célebre rubrica "Bisbilhotices", a crónica
social que agitou Portugal nos anos 60 no "Diário Popular",
assim nascendo a coluna mais irreverente da imprensa
taurina nacional, que depois foi um semanário e hoje
é este espaço - único e diferente - na internet