Passam hoje 36 anos sobre aquela célebre tarde - 20 de Outubro de 1984 - em que o eterno Joaquim Bastinhas se encerrou na agora esquecida praça "Carlos Relvas", em Setúbal, com seis toiros da ganadaria Murteira Grave. Os cartazes anunciavam "a corrida mais desejada".
Foi a primeira vez que um toureiro lidou sózinho seis toiros Graves e Bastinhas haveria de ficar depois na História - para além de muitos outros feitos, o principal dos quais foi ter sido o mais querido e mais popular cavaleiro português dos últimos anos - como o toureiro que mais Graves enfrentou ao longo da sua carreira: 116 no total.
O também saudoso Jorge Pereira dos Santos, empresário histórico da praça de toiros de Setúbal, ao tempo associado a Manuel Bento Santos, foi o organizador desta lembrada corrida - que estivera nesse ano agendada para o Campo Pequeno, mas não se realizara devido à chuva.
Joaquim Bastinhas estava nos princípios da sua gloriosa carreira, tinha tomado a alternativa um ano antes em Évora, apadrinhado por José Mestre Batista com o testemunho de João Moura.
Esta tarde em Setúbal, em que esteve acompanhado pelos forcados Amadores de Santarém, então capitaneados por Carlos Grave, mais do que um acto de afirmação, marcou definitivamente o início de uma trajectória que fez História e ficou na História. Foi o grande passo para a consagração de um novo toureiro que começava a escrever o seu nome a letras de ouro nos anais da Tauromaquia.
Joaquim Bastinhas morreu no último dia do ano de 2018. Toureara pela última vez três meses antes, em Setembro, na praça de Elvas, a sua terra natal.
Recordando esta efeméride, prestamos-lhe aqui mais uma homenagem - que nunca serão demais para lembrar tão grande figura do toureio a cavalo.
Foto Emílio de Jesus/Arquivo
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| Setembro de 2018 no Coliseu de Elvas, a última corrida de Joaquim Bastinhas, na foto com Miguel Alvarenga e o seu histórico apoderado Rogério Amaro. Em baixo, o cartaz da célebre "encerrona" com seis Graves há 36 anos em Setúbal |
