segunda-feira, 2 de novembro de 2020

3ª feira não perca: a análise de Miguel Alvarenga ao ano de todos os perigos


A temporada de 2020, que ontem, 1 de Novembro, deveria ter tido no Cartaxo o seu encerramento oficial, foi a mais atípica e a mais estranha de todas nos últimos anos. Mesmo assim, aconteceu, depois de nos primeiros meses do ano todos pensarem que não iria realizar-se. Apesar de muito menos do que é usual - cerca de 40, ainda não sairam as estatísticas oficiais -, os espectáculos tauromáquicos ainda foram dos poucos de âmbito cultural que se realizaram apesar da "nova realidade" trazida em Março pela pandemia.

Há cinco meses atrás, a 1 de Junho, Lisboa acordou com quatro artistas das arenas acorrentados à porta principal da praça do Campo Pequeno (fotos de cima) em protesto pela possibilidade de a Nossa Casa não dar corridas em 2020 e contra o que consideravam medidas discriminatórias do Governo em relação à Tauromaquia.

E afinal, tudo aconteceu ao contrário - felizmente - do que se imaginava. Luis Miguel Pombeiro assumiu as rédeas da temporada e realizou seis corridas no Campo Pequeno depois de em 11 de Julho ter levado a efeito em Estremoz a primeira corrida de toiros a nível mundial depois do desconfinamento. Outras praças, mesmo as que tinham inicialmente cancelado as suas programações, acabaram também por dar corridas. E a temporada da pandemia andou para a frente. Portugal foi o único país taurino que teve actividade do sector e Lisboa a única praça de primeira no mundo que realizou temporada.

Houve empresários que a marcaram e toureiros que se destacaram. E o grande triunfador acabou por ser o público aficionado que, apesar das restrições que obrigaram à utilização de metade das lotações das praças, acorreu às bilheteiras e manteve viva a chama que muitos pensavam ter-se apagado.

Na próxima terça-feira, já amanhã, não perca aqui no "Farpas" a detalhada análise de Miguel Alvarenga ao ano de todos os perigos.

Fotos D.R./PróToiro e M. Alvarenga

Não perca esta 3ª feira aqui no "Farpas" a grande análise
de Miguel Alvarenga à mais estranha de todas as
temporadas tauromáquicas. Em baixo, momentos que
marcaram o ano de todos os perigos