Maurício do Vale (ao meio, na foto, com Miguel Alvarenga e o saudoso bandarilheiro Domingos Paixão, há uns aninhos no Campo Pequeno), que depois se viria a celebrizar com um dos mais cotados críticos tauromáquicos nacionais e também como comentador e até autor de programas taurinos na RTP, alimentava ao tempo o sonho de ser toureiro... e tinha até bastante jeitinho para as lides a pé!
Este cartaz que hoje aqui recordamos (em baixo) tem exactamente 45 anos. Maurício do Vale era, conjuntamente com o saudoso Padre José Alcobia, o organizador habitual das tradicionais garraiadas do Liceu Gil Vicente, que ao tempo integravam o calendário da temporada na primeira praça do país, gerida por Manuel dos Santos, a par de outras, como por exemplo a do Colégio Militar.
Pelas históricas garraiadas do Gil Vicente, cuja receita revertia sempre a favor dos alunos mais pobres, passaram, e deram mesmo os seus primeiros passos, muitos dos que viriam depois a ser consagradas figuras das arenas, sobretudo do toureio equestre.
Nesta tarde de 27 de Fevereiro do ano de 1966, já lá vão 45 anos, actuaram a cavalo Frederico Cunha, Vitor Ribeiro (pai) e José Manuel Correia Lopes e os espadas foram Vasco Lourenço (não se trata do capitão de Abril...) e o próprio Maurício do Vale, estando as pegas a cargo do grupo de forcados do Liceu Gil Vicente, comandado por Pedro de Oliveira.
Fotos Luis Azevedo/Estúdio Z e D.R.