Passaram ontem, 15 de Fevereiro, 11 anos sobre a morte de Manuel Gonçalves, um dos mais empreendedores e mais visionários empresários tauromáquicos do último século - que recordamos com a maior saudade.
Na foto de cima, Manuel Gonçalves com o cavaleiro João Moura e Miguel Alvarenga; e, em baixo, a capa do jornal "Farpas" aquando da morte do famoso e recordado empresário.
Manuel Gonçalves morreu vítima de queda pelas escadas na casa que estava a reconstruir na sua aldeia natal de Mizarela, na Guarda, onde foram passar o Carnaval com sua Mulher.
Iniciou a vida empresarial em Lourenço Marques, Moçambique, onde foi empresário da praça de toiros Monumental e promotor de muitos outros espectáculos como os célebres concursos de misses, também combates de boxe e concertos musicais. Levou a Moçambique, na época, as maiores figuras do mundo tauromáquico e também os maiores nomes da canção e do mundo do espectáculo, como Amália, Raúl Solnado, João Maria Tutela e tantos mais.
Depois do regresso a Portugal, nos tempos conturbados que se seguiram à revolução do 25 de Abril, rumou a França, pela mão do cavaleiro tauromáquico e seu amigo Manuel André Jorge, onde foi destacado empresário taurino, até voltar ao seu país e tomar ao tempo as rédeas da praça de toiros do Campo Pequeno.
Foi o grande dinamizador de corridas históricas como as da Rádio Renascença, do "Correio da Manhã" e, nos últimos anos de vida, as da RTP e também as do "Farpas".
Chegou também a apoderar o matador Pedrito de Portugal e ajudou a lançar grandes figuras do toureio equestre, sobretudo Luis Rouxinol.
Era um homem visionário e que viveu sempre à frente do tempo. Onze anos depois da sua partida, recordamo-lo com saudade. Continua a fazer muita falta à Tauromaquia.
Fotos D.R.
