Nascido em Riachos (Torres Novas), a dois passos da aficionadíssima Golegã, Francisco (Paco) Velásquez cedo se apaixonou pelo mundo dos cavalos e dos toiros.
Cumpriu o primeiro dos sonhos de menino na praça mexicana de Tequisquiapan (Querétaro), onde tomou a alternativa de matador de toiros no ano de 2014, depois de uma intensa e triunfal campanha como novilheiro. Foi apadrinhado por Alejandro Amaya com o testemunho de Pablo Hermoso de Mendoza, com toiros de Javier Garfias.
Em Portugal, chegou a liderar o escalafón de matadores, deixando constância do seu valor como toureiro a pé. Mas o sonho primeiro do jovem Paco Velásquez era tourear a cavalo. E há quatro anos, sem fazer propriamente uma despedida, toureou a sua última corrida como matador de toiros, enveredando então pelo toureio equestre, com o apoio e o incentivo de vários toureiros amigos, o principal dos quais Diego Ventura.
Adquiriu alguns cavalos, pôs outros ele próprio a tourear e iniciou-se no México, em Espanha e em França, onde chegou a actuar na importante corrida do “Rojão de Ouro” em Mejanes.
Em Fevereiro do ano passado, antes de estalar a pandemia no mundo, fez a sua apresentação em Portugal como cavaleiro amador no festival da Granja - deixando uma importante nota positiva do seu valor e da sua arte.
E em Junho, na praça de Vila Nova da Barquinha, fez a prova para cavaleiro praticante, repartindo cartel com Moura Caetano e Miguel Moura e triunfando diante de um toiro de Maria Guiomar Moura.
Tudo se encaminhava para que viesse a fazer um percurso rumo à alternativa, mas a pandemia e a menor realização de corridas na temporada passada acabaram por inviabilizar o sonho de Paco Velásquez.
Que também ainda não se cumprirá na segunda temporada da pandemia. O toureiro preferiu esperar que as coisas normalizem para dar então esse passo - que terá lugar em 2022.
Até lá, Paco Velásquez quer marcar uma posição no toureio equestre - e não ser só mais um. Tem já alguns contratos para Espanha - onde vai actuar em 17 de Junho em Almeria - e também para França, havendo ainda contactos para que se apresente em algumas praças de primeira no seu país.
Com uma quadra de cavalos apta e preparada para os grandes desafios, Paco Velásquez tem demonstrado e confirmado nos treinos em que participou (como o demonstram estas fotos de Miguel Calçada e Sousa num treino recente na praça de toiros de Estremoz) que se encontra em forma e pronto a voar alto.
O jovem cavaleiro tem na sua quadra como cavalos de saúde o “Vasquiño”, o “Isco” e o “Cantinflas”; de bandarilhas, o “Volapié”, o “Dueto”, o “Ritz”, o “Taco”, o “Manzantini” e o “Belmonte”; e o “Bandolero” para o último tércio.
Marcar uma posição entre os eleitos e afirmar-se na arte do toureio a cavalo, tal como se afirmou interpretando com sentimento, valor e mérito a arte de Montes, é o objectivo-maior de Paco Velásquez, rumo a uma alternativa que a pandemia voltou a adiar, mas que vai ter lugar no início da próxima temporada de 2022.
Fotos Miguel Calçada e Sousa/cortesia Paco Velásquez
Paco Velásquez num recente treino à porta fechada na praça de Estremoz com dois toiros de 630 e 580 quilos e também com vacas |