Vamos durante o dia de hoje dar à estampa todas as reportagens da corrida que ontem à tarde se celebrou na praça "Dr. Ortigão Costa" na Azambuja e começamos precisamente pelas pegas, dando, como sempre, o merecido destaque às actuações dos últimos grandes românticos da Festa - os Forcados.
Frente a toiros bem apresentados da ganadaria Fontembro, duros, complicados, que pediam contas e "metiam mudanças", estiveram ontem em praça os grupos de forcados Amadores de Santarém e Amadores de Azambuja, respectivamente capitaneados por João Grave e Nuno Matos (nas fotos de cima, durante as cortesias).
O cabo do Grupo de Santarém apostou em duas novas estrelas: Francisco Cabaço, forcado de dinastia, que há dois anos se estreou em Sobral de Monte Agraço e ontem deu positiva nota de excelente progressão, está um forcado valoroso e a um passo de se afirmar como um dos novos pilares do consagrado grupo; e António Queiroz e Melo, forcado já mais adiantado e que reafirmou numa valente pega todas as suas briosas potencialidades. Pegaram os dois à primeira, havendo que realçar a meritória e bem sucedida intervenção de todos os elementos do grupo a ajudar. O centenário Grupo de Santarém é sempre "aquela máquina" e conta com novos valores para assegurar a sua histórica continuidade.
Os Amadores de Azambuja deram um importante e relevante passo em frente nas três novilhadas, em que pegaram em solitário e marcaram uma posição altamente positiva no início de uma temporada que se adivinha decisiva para a consolidação do grupo novamente entre os da frente. Sob o comando do experiente Nuno Matos, tiveram ontem a prova dos nove enfrentando toiros que não foram fáceis, mantendo a mesma coesão, a mesma raça e a mesma imagem que tinham deixado nas suas intervenções no ciclo de novilhadas. Um grupo que volta à tona.
João Gonçalves e Rui Mogas foram os forcados de cara, ambos com intervenções consumadas ao segundo intento.
Fotos M. Alvarenga