quinta-feira, 17 de junho de 2021

Comunicado: APET considera obrigatoriedade de testar espectadores uma medida "demolidora" e acusa Governo de "desconsiderar toda a Cultura"

A Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), presidida por Ricardo Levesinho, acaba de emitir este comunicado que aqui se publica na íntegra, tomando posição contra a norma ontem anunciada pela DGS que obriga a que sejam testados para a covid-19 os espectadores e intervenientes em espectáculos culturais. Considera a APET que com esta medida "demolidora" toda a Cultura "é totalmente desconsiderada pelos governantes deste país" e esclarece que a obrigatoriedade de testes não se aplica em todos os espectáculos que estavam já anunciados anteriormente e que já tinham bilhetes à venda

"Após as últimas decisões da DGS, a APET - Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos declara o seguinte:


"1 - A responsabilidade das empresas promotoras de cultura é de agente da saúde pública. Esta situação é garantida pelos resultados de todo o trabalho administrativo e logístico realizado em prol de defesa da saúde em todos os espetáculos culturais e onde se verificou que a Cultura é totalmente segura;


"2 - Após as medidas por parte da DGS, anunciadas, entendemos que toda a cultura é totalmente desconsiderada pelos governantes deste país que passam uma ideia para os portugueses que existe uma total ignorância sobre o sector, sobre os cuidados que o sector tem tido em relação a saúde pública e sobre a necessidade urgente de produzir eventos para reduzir os graves problemas de subsistência que desde artistas, técnicos, criadores e demais agentes estão a sofrer desde o início desta pandemia. Estamos juntamente com todos os agentes culturais totalmente afectados por esta medida demolidora e estamos ao lado de todas as associações culturais deste país;


"3 - Após a redução das lotações para 50% permitida, anunciadas na passada semana e da obrigatoriedade de variadas ações todas custeadas pelos promotores e agentes, e nunca pelo Estado, somos confrontados por esta decisão que se revela totalmente descabida, injusta e sofredora para um sector que a única coisa que deseja é produzir para criar substância de forma segura para todos os espectadores e colaboradores;


"4 - Com este anúncio de hoje, a obrigatoriedade de testes será unicamente efecctiva nos espetáculos que ao dia de hoje não estejam ainda em venda. Todos os espectáculos que já estavam à venda - Campo Pequeno (todo o abono); Évora (20 e 26 de Junho e 24 de Julho); Coruche (10 de Julho); Santarém (datas a designar); Salvaterra (31 de Julho e 28 de Agosto); Caldas (30 de Julho e 15 de Agosto); Vila Franca de Xira (26 e 27 de Junho, 2, 3 e 4 de Julho); Abiul (7 e 14 de Agosto); Ilha Terceira (Sanjoaninas e Corrida da Praia); Cartaxo (20 de Junho), Elvas (18 e 25 de Setembro), Alcochete (7 e 13 de Agosto), Reguengos (15 de Agosto) e Montijo (3 de Julho), não obrigam a que os espectadores estejam sujeitos a testes. Simplesmente recomenda e por isso todas as empresas terão em caso de desejo do espectador um gabinete de apoio Covid onde serão efetuados testes Antigénio apoiados por uma equipa de enfermagem devidamente preparada para o efeito. Mas registe-se que não é obrigatório em todos os espectáculos já em venda;


"5 - Igualmente verificamoș que os testes em Lisboa são totalmente gratuitos. Exigimos ao Governo do nosso país que os testes sejam efectuados de forma gratuita em todas as farmácias de todos os concelhos, existindo assim equidade, equilíbrio e respeito por todos os portugueses de forma a que não exista uma descriminação completamente ridícula como a que hoje existe;


"6 - Comprometemo-nos com todos os espectadores a continuarmos a fazer e bem todos os compromissos existentes nos respectivos planos de contingência que cada praça de toiros é portadora de forma a que os resultados em termos de saúde pública continuem a ser aqueles que nos levaram a realizar 48 espectáculos tauromáquicos em 2020 e cerca de 20 em 2021 sem qualquer tipo de incidência ou foco que afetou 1 único espectador;


"7 - Exigimos ao Estado respeito e conhecimento da real situação da cultura do nosso país;  


"8 - Pedimos a todos os aficionados e público em geral que continuem a acreditar na responsabilidade de todos os agentes tauromáquicos e demais formas culturais de maneira a mantermos viva a sobrevivência de todos os ganadeiros , toureiros e empresas e demais agentes profissionais e a continuação de tão bonita arte portuguesa como é a figura do forcado amador.


"Aguardando do estado o dever de respeito e defesa dos seus cidadãos e da cultura".


Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos - APET 


Foto D.R.