Na mais incerta de todas as temporadas, devido ao aumento assustador da pandemia, público e empresários, para já não falar dos toureiros, aguardam com expectativa, uma vez mais, pelas resoluções que forem esta tarde anunciadas no final do Conselho de Ministros e pela reunião com a Infarmed, que terá lugar amanhã, sexta-feira. Até dia 27 vamos permanecer em Estado de Calamidade e com grandes restrições à realização de espectáculos culturais, pelo menos nos concelhos classificados de alto risco.
O Campo Pequeno, por exemplo, já adiou por quatro vezes as primeiras corridas que estavam anunciadas (25 de Junho, 9, 16 e 22 de Julho) e ainda não existem certezas de que possa inaugurar a temporada dentro de duas semanas, a 5 de Agosto, tudo dependendo da evolução do surto pandémico e de Lisboa continuar ou não como região de risco muito elevado.
Uma das soluções que os empresários apresentam para realizar as suas corridas mesmo em concelhos de risco é a obrigatoriedade de se fazerem testes (como aconteceu recentemente em Estremoz, onde se fez um ensaio a um cenário desses) ou se apresentar à entrada das praças o certificado de vacinação.
Ontem foi também adiada para Setembro a corrida que no próximo dia 29 estava anunciada para o Montijo e esta semana foi igualmente adiada para nova data a anunciar a corrida que esta sexta-feira, dia 23, estava agendada para Vila Nova da Barquinha, assim como a que se deveria ter efectuado no dia 18 no Cartaxo e que ficou para 3 de Setembro - e a incerteza paira agora sobre outras touradas anunciadas para o final deste mês nas praças de Paio Pires e Caldas da Rainha (ambas no dia 30) e de Salvaterra de Magos (31). Menos problemática, por não ser zona de risco, é a realização da corrida também agendada para dia 31 na Amieira (Portel).
Certa, por enquanto e por não ser região de alto risco, está só a corrida do próximo sábado, dia 24, na Arena D'Évora. Incertas estão também ainda as muitas corridas já anunciadas para o mês de Agosto em diversas praças nacionais.
Os meses de Setembro e Outubro, se entretanto a situação melhorar, são agora a grande aposta dos empresários para levar por diante uma temporada que está a ser bem mais complicada que a de 2020, primeiro ano da terrível pandemia.
Fotos D.R.