Nuno Pardal, presidente da Associação Nacional de Toureiros, insurge-se na sua página da rede social Facebook contra o comediante brasileiro Fábio Porchat, que na última sexta-feira deu um espectáculo na praça do Campo Pequeno e apelou ao fim da tauromaquia, e também contra o que considera "a dualidade de comportamento" da administração da primeira praça do país.
E explica porquê: "Porque ficam escandalizados quando os aficionados e os profissionais fazem uma manifestação à sua porta, na defesa dos seus direitos, ficam escandalizados quando próximo estava um cartaz do António Costa e do André Silva promovido pela Protoiro, mas agora nem uma palavra sobre o ataque dos antis e deste humorista estrangeiro à actividade cultural que está na génese daquele recinto de espectáculos. Mais do mesmo, espinha dorsal não muito direita".
Sobre a atitude do comediante, Nuno Pardal aconselha Fábio Porchat a "preocupar-se com as 'touradas' do seu país" e "a deixar a nossa cultura em paz" porque "cultura não se censura e porque aquela casa é nossa".
"Ao Fábio Porchat só quero dizer que um profissional não se deve imiscuir nas culturas e tradições de países estrangeiros, muito menos quando está a ser pago. Deveria era preocupar-se com os problemas do seu país porque de certeza que não gostaria que um português fosse ao Brasil apelar para acabar com o sambódromo por ali existir tráfico sexual, tráfico de droga, assaltos, raptos, etc., etc.…isso sim, grave, mas que não tem significado para ele…", termina o presidente da Associação Nacional de Toureiros.
Foto D.R.