Peter Janssen e a activista russa que ontem saltaram à arena de Mourão, aqui no "directo" que fizeram nas redes sociais ao início da noite, frente ao Posto da GNR, depois de terem sido libertados |
Os três activistas anti-taurinos, dois homens e uma mulher, entre os quais o célebre holandês Peter Janssen, que ontem invadiram a arena da praça de toiros de Mourão, foram identificados no posto local da GNR e sairam em liberdade (porque a lei assim estabelece) com termo e identidade e residência (desconhecendo-se que morada terão dado às autoridades) e ficaram notificados para amanhã, segunda-feira, se apresentarem no Tribunal de Reguengos de Monsaraz para serem ouvidos por um juiz.
Muito provavelmente, já terão entretanto abandonado o país e amanhã não se apresentarão em tribunal, prática comum utilizada por estes elementos do grupo extremista Vegan Strike Group.
Entre os invasores da arena de Mourão (em cima de hora noticiou-se que tinham sido dois, mas na realidade foram três), para além de Peter Janssen e de outro companheiro de origem francesa, esteve uma jovem de 28 anos de nacionalidade russa, também identificada pelas autoridades.
O grupo era ainda composto por mais dois elementos, um fotógrafo e outro que filmou a cena, mas estes não foram detidos pelas autoridades. O repórter fotográfico apresentou queixa no Posto da GNR alegando que na praça de toiros lhe terão roubado a máquina quanto fotografava a detenção de Peter Janssen.
Ao início da noite e depois de terem sido identificados e libertados, Peter Janssen e a jovem russa fizeram um directo em frente do posto da Guarda Nacional Republicana (fotos que aqui reproduzimos) vangloriando-se pelo seu acto, exibindo o documento elaborado pela GNR e o termo de identidade e residência (medida de coação mínima) e o bilhete de entrada na praça.
Antes da corrida, os dois fotografaram-se em Mourão exibindo os slogans anti-taurinos escritos no corpo e exibiram as fotos no Facebook.
Nas redes sociais, Peter Janssen escreveu: "Roubo e caos depois da nossa acção de touradas na arena de Mourão, Portugal", exibindo uma foto do fotógrafo que os acompanhava (destacado entre duas linhas verdes) e denunciando que lhe terão roubado a câmara na praça.
Também nas redes sociais, o denominado Grupo Internacional de Ataque Vegan vangloriou-se por esta ter sido a 60ª vez que "interrompe uma tourada", salientando que actuaram ontem na praça de Mourão "contra o sofrimento de cavalos e toiros em preparação para e durante uma tourada" e referindo que "os activistas vêm de Portugal, França e Holanda".
Esta foi a quarta vez que Peter Janssen e outros activistas do grupo internacional contra as touradas actuaram em praças de toiros portuguesas, depois de já o terem feito em 2016 e 2019 no Campo Pequeno, em Lisboa e em 2018 na praça de Albufeira, que entretanto foi desactivada.
Fotos D.R.
A activista russa, de 28 anos, e o holandês Peter Janssen no "directo" que ontem fizeram nas redes sociais à saída do Posto da GNR de Mourão |
Janssen exibindo o bilhete com que entrou na praça |
Antes do festejo em Mourão, os dois activistas anti-taurinos exibiram nas redes sociais os slogans de protesto escritos nos corpos |
A jovem activista russa quanto era retirada da arena |
Peter Janssen foi detido na arena pela GNR |