Mais um cartaz, este que aqui voltamos a reproduzir, (desta vez digital e que não passou das redes sociais e dos sites) da ProToiro alvo de polémica e censura pela classe empresarial taurina.
Ontem, na Assembleia-Geral da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), realizada em Vila Franca de Xira no Hotel Lezíria Parque, o empresário Luis Miguel Pombeiro insurgiu-se contra o cartaz dado à estampa pela ProToiro, através da marca Touradas, nas vésperas das eleições legislativas, onde se catalogavam os partidos políticos como pró e contra as touradas. Já há alguns meses, recorde-se, Pombeiro incendiara os empresários ao ameaçar que saía da APET se a ProToiro não retirasse um outdoor colocado na Avenida da República, em Lisboa, diante da praça do Campo Pequeno, onde, considerou, se ofendia a honra e dignidade do primeiro-ministro António Costa. O cartaz foi retirado ao fim de poucas horas.
No novo cartaz dado à estampa nas redes sociais antes das legislativas de domingo passado, a ProToiro avaliava as eventuais simpatias e antipatias dos partidos políticos para com as touradas e dava como certo que o Partido Socialista era contra.
O PS ganhou com maioria absoluta e o empresário Pombeiro teme agora que a tauromaquia possa vir a ser prejudicada pelo "aconselhamento" da ProToiro aos aficionados para que não votassem no PS, além de considerar que é falso que o partido de Costa seja contra.
O protesto de Pombeiro na reunião magna da APET teve o apoio consensual da esmagadora maioria dos empresários - mas não de Ricardo Levesinho, presidente da associação, que se absteve de votar o protesto, porque apoiou o lançamento deste novo cartaz e concordou na altura com o seu conteúdo. Com que aliás, na altura muitos concordaram, pelo perigo que podia constituir para a tauromaquia uma aliança do PS com o PAN.
Em suma, mais um cartaz da ProToiro a criar polémica. Vários empresários concordaram com Pombeiro, que defendeu que a Federação Portuguesa de Tauromaquia "deveria ter outras coisas com que se preocupar e não se envolver em política".
Resumindo e concluindo, mais uma barracada desnecessária da cada vez mais ineficiente e mais contestada ProToiro - que ainda ninguém percebeu muito bem para que existe. Cada vez que abre a boca, entra mosca ou sai asneira...
Na Assembleia-Geral de Vila Franca foram ainda apresentadas as contas e na ordem de trabalhos esteve também a integração de novas empresas no seio da APET.
Foram aprovadas as propostas para se associarem à APET do empresário António Pedro Vasco; da Associação Sector 9 (Monumental de Santarém); da nova associação que integra antigos forcados do Cartaxo e que vai passar a gerir a praça de toiros desta vila ribatejana; de dois empresários dos Açores, um da Ilha Terceira e outro da Ilha Graciosa; e do ganadeiro Nuno Cabral (Monte Cadema), a quem foi adjudicada a praça de Alpalhão.
Não foi aprovada a entrada de Albino Caçoete no seio da associação que congrega os empresários tauromáquicos, apesar de já ter dado provas quando esteve associado ao saudoso António Manuel Cardoso "Nené" e posteriormente a António Manuel Barata Gomes. Alguma má vontade contra Caçoete, está visto...
É aguardado ainda hoje um comunicado oficial da APET a dar conta do que ontem se passou em Vila Franca.