Com 92 anos, acabados de cumprir no dia 23 de Janeiro, morreu em Sevilha o grande bandarilheiro António Luque Gago, que ficou célebre por no ano de 1953 ter bandarilhado os oito novilhos de um festejo na Real Maestranza, cravando numa só tarde vinte e oito pares de bandarilhas.
Era sobrinho do célebre apoderado Andrés Gago (que foi o grande mestre do saudoso Fernando Camacho, que nunca se cansava de lhe tecer rasgados elogios), irmão de outro afamado bandarilheiro, Andrés Luque Gago, e sobrinho também de um histórico bandarilheiro, Fernando Luque Gago, que pertenceu às quadrilhas de Juan Belmonte, Gitanilo, Carlos Arruza e do português Manuel dos Santos.
Depois de ter sido um modesto novilheiro sem sucesso, tornou-se num dos maiores bandarilheiros do seu tempo, chegando a sair em ombros junto com os matadores em 1958 em Bogotá, um feito histórico que, segundo o site aplausos.es, jamais de voltaria a repetir.
António Luque Gago integrou durante muitos anos a quadrilha do famoso matador Luis Miguel Dominguín e também actuou ao serviço de Luis Procuna, "Parrita", "Mondeño", "Chicuelo II" e "Litri", despedindo-se das arenas em 1979 na quadrilha da matadora de toiros Maribel Atiénzar, a última com quem actuou.
Que em paz descanse.
Foto D.R.