Última Hora - Esta foto foi captada ontem e retrata o estado de deterioração (e perigo) em que se encontra a cobertura do Coliseu do Redondo (no distrito de Évora), ao que se sabe, sem manutenção desde que foi inaugurado há 14 anos.
O Coliseu do Redondo foi inaugurado a 5 de Julho de 2009, como resultado da recuperação da antiga praça de toiros. O imóvel é propriedade da Santa Casa da Misericórdia, mas a sua exploração está adjudicada à Câmara Municipal, que, por seu turno, entregou a organização dos espectáculos tauromáquicos à Associação Tauromáquica Redondense.
Com uma área de 2 mil m2, o Coliseu tem capacidade para 3 mil espectadores e é coberto - a cobertura é fixa e não amovível, ao contrário do que sucede em outras praças que também foram cobertas, casos das do Campo Pequeno, de Elvas e de Évora.
As obras de requalificação do espaço rondaram os 2,7 milhões de euros, dos quais 1,2 milhões foram comparticipados por fundos comunitários, como na altura revelou ao jornal "Público" o então presidente do Município, Alfredo Barroso. As obras duraram cerca de um ano e meio.
"É um equipamento histórico que estava em adiantado estado de degradação e que já não permitia há vários anos a realização de espectáculos tauromáquicos", salientava ao tempo o edil.
"Optámos por uma intervenção de requalificação urbana para que, além da valência taurina, a praça possa também acolher espectáculos culturais e desportivos", afirmou ao tempo Alfredo Barroso.
Contudo, poucas vezes foram aquelas em que o Coliseu foi palco de outros espectáculos não taurinos.
Agora, 14 anos depois da inauguração e muito provavelmente por falta de manutenção, a cobertura está altamente degradada e não deverá ser possível realizar ali espectáculos até que se proceda a novas obras.
Fotos D.R.
Aspecto da cobertura em 2009, quando o Coliseu foi inaugurado |
Interior do Coliseu do Redondo |