O empresário António Nunes promete "partir a loiça" e afirma que vai tomar as devidas providências contra o Inspector-Geral da Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) e contra todos os directores de corridas que "não passaram cartão" à douta decisão do juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa de dar provimento à providência cautelar que interpôs para que ficasse (e ficou) suspenso o despacho emanado pela IGAC no final da última temporada impondo as novas regras de acesso à trincheira das praças de toiros, que impede os fotógrafos de ali trabalharem e que reduz de quatro para duas as senhas de trincheira atribuídas aos artistas.
António Nunes contactou a nossa Redacção e fez-nos chegar o documento do Tribunal que notificou no passado dia 16 de Maio o Inspector-Geral da IGAC (reproduzido em baixo) dessa decisão judicial, acusando-o de "ter feito orelhas moucas" à mesma e de ter continuado a manter activo o despacho da polémica.
António Nunes acusa a IGAC e os seus directores de corrida de terem cometido "um crime de desobediência qualificada" nas últimas corridas, mantendo activo o despacho que o Tribunal já suspendeu - e vai avançar com acções judiciais "contra eles todos".
"Não vou perdoar a nenhum!", garante António Nunes, acrescentando que vai solicitar à Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET) a convocação nos próximos dias de uma Assembleia-Geral para debater este assunto.
Fotos M. Alvarenga e D.R.